Diário Ao-Vivo

DateRCasa vs Visitante-
04/02 22:00 1 Millonarios vs Flamengo View
04/02 22:00 1 Cobresal vs Barcelona SC View
04/03 00:00 1 The Strongest vs Grêmio View
04/03 00:30 1 Deportivo Táchira vs River Plate View
04/03 02:00 1 Universitario de Deportes vs LDU Quito View
04/03 22:00 1 Botafogo vs Junior View
04/03 22:00 1 Nacional de Football vs Club Libertad View
04/03 22:00 1 Huachipato vs Estudiantes View
04/04 00:00 1 Colo-Colo vs Cerro Porteño View
04/04 00:30 1 San Lorenzo vs Palmeiras View
04/04 00:30 1 Alianza Lima vs Fluminense View
04/04 22:00 1 Rosario Central vs Peñarol View

Resultados

Date R Casa vs Visitante -
11/04 20:00 1 Fluminense vs Boca Juniors 2-1
10/06 00:30 2 Palmeiras vs Boca Juniors 3-5
10/05 00:30 2 Internacional vs Fluminense 1-2
09/29 00:30 2 Boca Juniors vs Palmeiras 0-0
09/28 00:30 2 Fluminense vs Internacional 2-2
09/01 00:30 3 Club Olimpia vs Fluminense 1-3
08/31 00:30 3 Racing Club vs Boca Juniors 1-4
08/31 00:30 3 [1] Palmeiras vs Deportivo Pereira [2] 0-0
08/29 22:00 3 [1] Internacional vs Bolivar [2] 2-0
08/25 00:30 3 Fluminense vs Club Olimpia 2-0
08/24 00:30 3 Boca Juniors vs Racing Club 0-0
08/24 00:30 3 [2] Deportivo Pereira vs Palmeiras [1] 0-4

A Copa Libertadores da América ou Taça Libertadores da América (em espanhol: Copa Libertadores de América), oficialmente CONMEBOL Libertadores, é a principal competição de futebol entre clubes profissionais da América do Sul, organizada pela Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) desde 1960. É a competição de clubes mais importante do continente e um dos torneios mais prestigiados do mundo. O nome do torneio é uma homenagem aos principais líderes da independência das nações da América do Sul: José Artigas, Simón Bolívar, José de San Martín, José Bonifácio de Andrada e Silva, D. Pedro I do Brasil, Antonio José de Sucre e Bernardo O'Higgins.

A competição teve vários formatos diferentes ao longo de sua história. No início, apenas os campeões nacionais participavam, tanto que nos seus primórdios a competição era chamada de Copa dos Campeões da América, e recebeu o nome atual somente em 1965. A partir da edição do ano posterior, os vice-campeões nacionais sul-americanos também passaram a se classificar para a competição. Em 1998, as equipes do México foram convidadas a competir até 2017, quando a CONMEBOL instituiu uma reforma no certame que desencorajou os mexicanos a continuar disputando o torneio. Hoje, pelo menos quatro clubes por país competem na Libertadores, enquanto que a Argentina e o Brasil têm seis e sete clubes representantes, respectivamente. Tradicionalmente, uma fase de grupos quase sempre foi usada, mas o número de times por chave variou por diversas vezes.

No formato atual, o torneio consiste em três etapas, com a primeira fase sendo iniciada geralmente no fim de janeiro. As seis equipes sobreviventes da primeira fase juntam-se aos outros 26 times previamente classificados na segunda, na qual existem oito grupos compostos por quatro equipes cada. Os dois melhores clubes de cada grupo vão para fase final eliminatória, sempre em jogos de ida-e-volta até as semifinais; a final, que é disputada em jogo único num local previamente escolhido, é disputada preferencialmente em novembro. O vencedor da Libertadores se classifica para a disputa da Copa do Mundo de Clubes da FIFA (como representante da CONMEBOL) e na Recopa Sul-Americana do ano seguinte.

O Independiente é o recordista de títulos na competição, com sete conquistas. A Argentina é o país com o maior número de conquistas, com 25 títulos, enquanto o Brasil é o país com a maior diversidade de times vencedores, com um total de 11 clubes diferentes que ergueram a taça 23 vezes. O troféu foi conquistado por 26 clubes diferentes, sendo que quinze ganharam o torneio mais de uma vez e sete o venceram de forma consecutiva.

History

Ver artigo principal: História da Copa Libertadores da América e Campeonato Sul-Americano de Campeões
Vasco da Gama contra o River Plate, pelo Campeonato Sul-Americano de Campeões de 1948.

Os confrontos para a Copa Río de La Plata entre os campeões da Argentina e do Uruguai acenderam a ideia de uma competição continental na década de 1930. Em 1948, o Campeonato Sul-Americano de Campeões (espanhol: Campeonato Sudamericano de Campeones), o precursor mais direto da Copa Libertadores, foi realizado e organizado pelo clube chileno Colo-Colo após anos de planejamento e organização. Disputado em Santiago, no Chile, o torneio reuniu os campeões das principais ligas nacionais de cada nação, sendo conquistado pelo Vasco da Gama do Brasil. O torneio de 1948, disputado no modelo "torneio dos campeões", deu impulso ao referido modelo, que foi o adotado para a criação da Copa dos Campeões da Europa em 1955.

Em setembro de 1958, o brasileiro José Ramos de Freitas, então presidente da CONMEBOL, fez uma viagem à Argentina, para, dentre outros assuntos, tratar da criação de um campeonato sul-americano de clubes campeões, semelhante ao já existente na Europa. Em 8 de outubro de 1958, João Havelange anunciou, em reunião da UEFA a que compareceu como convidado, a criação da Copa dos Campeões da América, um equivalente sul-americano da Copa dos Campeões da Europa, de modo que os campeões de Europa e América do Sul pudessem decidir "o melhor time do mundo", através da Copa Intercontinental. Em 5 de março de 1959, acontece em Buenos Aires, sede da 26ª Copa América, o 30º Congresso Ordinário da CONMEBOL. Naquela reunião foi ratificada a criação da Copa dos Campeões da América, que reuniria todos os times campeões nacionais na América do Sul para uma disputa de melhor time do continente. Em 1965, esse mesmo torneio seria rebatizado de Copa Libertadores da América em homenagem aos heróis das independências das nações sul-americanas, como Simón Bolívar, José de San Martín, Pedro I, Bernardo O'Higgins, José Gervasio Artigas, entre outros.

Primeiros anos (1960–1969)

O clube uruguaio Peñarol foi o primeiro campeão da Libertadores. Aqui, a equipe que venceu a edição de 1961 com destaque para o atacante equatoriano Alberto Spencer (o segundo agachado, da esquerda para a direita).
O clube argentino Estudiantes de La Plata, foi o primeiro time a ser campeão da Libertadores por três anos seguidos. Aqui, a equipe que conquistou a Copa Libertadores da América de 1968 com destaque para Carlos Bilardo (o segundo agachado, da esquerda para a direita).

A primeira edição da então Copa dos Campeões ocorreu em 1960. Participaram sete equipes na edição inaugural: Bahia do Brasil, Jorge Wilstermann da Bolívia, Millonarios da Colômbia, Olimpia do Paraguai, Peñarol do Uruguai, San Lorenzo da Argentina e Universidad do Chile. Todos esses times foram campeões nacionais de suas respectivas ligas em 1959. O primeiro jogo da competição ocorreu em 19 de abril de 1960, entre os clubes do Uruguai e Bolívia, que foi vencido pelo Peñarol, que derrotou Jorge Wilstermann por 7–1. E neste jogo, o primeiro gol na história da Copa Libertadores foi marcado pelo atacante uruguaio Carlos Borges do Peñarol. Os uruguaios ganharam essa primeira edição, derrotando o Olimpia nas finais e, defendendo com sucesso o título em 1961. A Copa dos Campeões da América não recebia sua devida atenção internacional até a terceira edição, quando o time do Santos, liderado por Pelé, considerado por alguns como um dos melhores times de todos os tempos, ganhou admiração mundial. Os "Santásticos", também conhecidos como "O Balé Branco", venceram o certame de 1962, derrotando o então Bicampeão Peñarol na final. Na edição seguinte, "O Rei" e seu compatriota Coutinho demonstraram suas habilidades novamente ao vencer o torneio em cima do Boca Juniors da Argentina com duas vitórias: uma no Maracanã, no Rio de Janeiro, e a outra na Bombonera em Buenos Aires.

Time do Santos campeão da Copa Libertadores da América de 1962.

O tradicional futebol argentino finalmente deixara sua marca na competição em 1964, quando o Independiente se tornou campeão após a eliminar o atual campeão Santos e derrotar o Nacional do Uruguai na final. O Independiente conquistaria o bi em 1965, e o Peñarol voltaria a vencer a Libertadores em 1966 derrotando o River Plate depois de vencê-lo em três partidas finais, uma vez que, na época, o regulamento da competição previa uma terceira partida de desempate em caso de empate de pontos nos dois primeiros jogos. O Racing tornou-se a segunda equipe argentina a vencer a Libertadores em 1967, mas um dos momentos mais importantes da história inicial do torneio iria ocorrer no ano seguinte, quando o Estudiantes viria a participar pela primeira vez na competição.

O Estudiantes, um modesto clube de bairro e uma equipe relativamente pequena na Argentina, tiveram um estilo incomum que priorizou a preparação atlética e obteve resultados a todo custo. Dirigido pelo treinador Osvaldo Zubeldía e uma equipe construída em torno de figuras como Carlos Bilardo, Oscar Malbernat e Juan Ramón Verón, os Pincharratas tornaram-se os primeiros tricampeões consecutivos da competição. A equipe argentina venceu seu primeiro título em 1968, derrotando o Palmeiras do Brasil. Depois, defenderam o título com sucesso em 1969 e 1970 contra Nacional e Peñarol (ambos do Uruguai), respectivamente.

Domínio argentino (1970–1979)

Boca Juniors campeão da Libertadores da América em 1978.

A década de 1970 foi dominada por clubes argentinos, com exceção de três temporadas. Em uma revanche das finais de 1969, o Nacional do Uruguai sagrou-se campeão do torneio em 1971 depois de superar o grande time do Estudiantes, que havia sido tricampeão consecutivo da Libertadores em 1968, 1969 e 1970. Com dois títulos já no currículo, o Independiente formou um time vencedor com grandes jogadores como Francisco Sa, José Omar Pastoriza, Ricardo Bochini e Daniel Bertoni: bases dos títulos de 1972, 1973, 1974 e 1975. O estádio do Independiente, La Doble Visera, tornou-se um dos locais mais temidos pelas equipes visitantes.

Jogadores do Boca Juniors da Argentina, campeão da edição de 1977, com a taça dentro do vestiário.

O título de 1972 veio quando Independiente enfrentou o Universitario do Peru nas finais. O Universitario havia se tornado a primeira equipe vinda de um país da costa do Pacífico a chegar à final depois de eliminar os gigantes uruguaios Peñarol e o então campeão Nacional na fase semifinal. A primeira partida em Lima terminou em um empate por 0–0, enquanto a segunda partida em Avellaneda terminou em 2–1 em favor do time da casa. O Independiente defendeu com sucesso o título um ano depois contra o Colo-Colo do Chile depois de vencer o jogo de desempate por 2–1. Los Diablos Rojos permaneceram com o troféu em 1974 depois de derrotar o brasileiro São Paulo por 1–0 em um jogo de desempate dificílimo. Em 1975, o Unión Española do Chile também não conseguiu parar os argentinos e sucumbiu por 2–0 na terceira partida decisiva da final. O reinado de Los Diablos Rojos finalmente terminou em 1976, quando foram derrotados pelos seus compatriotas do River Plate na segunda fase em um playoff dramático valendo vaga na final. No entanto, na finalíssima, o River Plate seria derrotado pelo Cruzeiro do Brasil, que se tornou a primeira equipe brasileira a vencer o torneio desde o Santos de Pelé.

Depois de terem perdido o troféu em 1963 pro Santos, o Boca Juniors da Argentina finalmente viu sua hora chegar. No final da década, os Xeneizes alcançaram as finais em três anos consecutivos. A primeira vez foi em 1977, no qual Boca ganhou seu primeiro título contra o então campeão Cruzeiro. Depois que ambas as equipes venceram suas respectivas partidas em seus domínios por 1–0, um playoff em um campo neutro foi disputado para decidir o vencedor. A partida de desempate terminou empatada em 0–0 e foi decidida por pênaltis, onde o Boca levou a melhor e conquistou a competição pela primeira vez. O Boca Juniors ganhou o troféu novamente em 1978, depois de bater o Deportivo Cali da Colômbia por 4–0 na partida de volta da final. No ano seguinte, o sonho do "Tri" foi interrompido pelo Olimpia do Paraguai, que depois de vencer a primeira partida da final por 2–0 superou a forte pressão do Estádio La Bombonera e segurou um empate por 0–0, sagrando-se campeão pela primeira vez. Como ocorrera em 1963, os argentinos do Boca novamente tiveram que assistir um time adversário vencer a Libertadores dentro de seus próprios domínios.

Novos campeões e últimos triunfos uruguaios (1980–1989)

Time do Nacional do Uruguai, campeão da edição de 1980
Fernando Morena (esquerda) e Walter Olivera segurando a Taça Libertadores da América de 1982.

Nove anos depois do seu primeiro troféu, o Nacional venceu sua segunda Libertadores em 1980 depois de vencer o Internacional do Brasil. Apesar do forte status que o futebol brasileiro tinha, em 1981 o país levou apenas o seu quarto título com o Flamengo, liderado por estrelas como Zico, Júnior, Leandro, Adílio, Nunes, Tita e Carpegiani; este time brilhava à medida que a geração dourada do "Mengão" atingiu o ápice de suas carreiras batendo Cobreloa do Chile na final.

Após 16 anos, o Peñarol voltaria a ganhar a competição em 1982 depois de vencer o vice-campeão do ano anterior, Cobreloa. Primeiramente, os uruguaios despacharam o campeão Flamengo por 1–0 na última rodada da segunda fase em pleno Maracanã. Na final, eles repetiram a façanha, batendo Cobreloa na partida de volta por 1–0 em Santiago. O Grêmio de Porto Alegre fez história ao derrotar Peñarol na final de 1983, sendo campeão pela primeira vez na história. Em 1984, o Independiente venceu o seu sétimo e último caneco, estabelecendo o recorde de maior campeão do torneio até hoje, depois de vencer o então campeão Grêmio em uma final que incluiu uma vitória por 1–0 em pleno Estádio Olímpico Monumental, casa do Tricolor Gaúcho, na primeira partida. Os destaques daquele time do Independiente foram os jogadores Jorge Burruchaga e o veterano Ricardo Bochini.

Norberto Alonso levanta a taça da Copa Libertadores da América de 1986 conquistada pelo River Plate.

.Outra equipe oriunda de um país da costa do Pacífico chegou na final, repetindo o feito do chileno Cobreloa. O América de Cali da Colômbia chegou a três finais consecutivas em 1985, 1986 e 1987, mas, assim como o Cobreloa, o América não conseguiu ganhar o torneio nenhuma vez. Em 1985, o time do Argentinos Juniors, um pequeno clube do bairro de La Paternal da cidade de Buenos Aires, surpreendeu a América do Sul, eliminando os campeões Independiente em pleno Estádio La Doble Visera por 2–1 durante o último jogo decisivo da segunda rodada, garantindo-se na final. Os Argentinos Juniors ganharam seu único título na competição ao derrotar o America de Cali na terceira partida logo após uma disputa de pênaltis. Após as frustrações de 1966 e 1976, o River Plate chegou a sua terceira final de Libertadores em 1986 e foram campeões pela primeira vez depois de vencer as duas partidas da final contra o América de Cali: 2–1 no Estádio Pascual Guerrero e 1–0 no Estádio Monumental de Núñez. O Peñarol venceu a Copa novamente em 1987 depois de bater por 1–0 o América de Cali na prorrogação do playoff decisivo, conquistando seu último título na competição. Curiosamente, o rival do Peñarol, o Nacional, também conquistara a competição pela última vez no ano seguinte, fazendo com que o futebol uruguaio sofresse um grande declínio na Libertadores, não conquistando mais nenhum título desde então.

Finalmente, em 1989 uma equipe da costa do Pacífico viria a conquistar o torneio, quebrando o domínio estabelecido pelas potências dos países do Oceano Atlântico. O Atlético Nacional de Medellín venceu a última edição da Libertadores da década de 1980, tornando-se a primeira equipe da Colômbia a vencer o torneio. O Atlético Nacional enfrentou o Olimpia do Paraguai perdendo a primeira partida em Assunção por 2–0. Como o Estádio Atanasio Girardot do Atlético Nacional não tinha a capacidade mínima que a CONMEBOL exigia para sediar uma final, a segunda partida teve que ser disputada no Estádio El Campín de Bogotá, jogo este que terminou em 2–0 para os colombianos. Depois de ter empatado a série, o Atlético Nacional se tornou campeão nos pênaltis (vale lembrar que naquela edição as partidas de desempate já haviam sido abolidas e o Atlético foi campeão na segunda partida). Nesta edição de 1989 também ocorreu um fato inédito: foi a primeira vez que nenhum clube da Argentina, do Brasil ou do Uruguai conseguiu chegar à final, e isso viria se repetir até 1991.

Renascimento (1990–1999)

Tendo liderado o Olimpia no título de 1979 como técnico, Luis Cubilla voltou a treinar o clube em 1988. Com o lendário goleiro Ever Hugo Almeida, Gabriel González, Adriano Samaniego e a estrela Raul Vicente Amarilla, o formidável time paraguaio resgatou seus dias de glória do final da década de 1970. Depois de chegar na final em 1989 contra o Atlético Nacional, o Olimpia chegou à final da Copa Libertadores de 1990 depois de derrotar o detentor do título em uma semifinal dramática que só foi decidida nos pênaltis. Nas finais, o Olimpia derrotou o Barcelona de Guayaquil do Equador por 3–1 no agregado ganhando seu segundo título. O mesmo Olimpia chegou às finais da Libertadores de 1991 mais uma vez, derrotando o Atlético Nacional nas semifinais e enfrentando o Colo-Colo do Chile na decisão. Dirigido pelo treinador jugoslavo Mirko Jozić, o time chileno bateu os paraguaios na segunda partida da final por 3–0. A derrota trouxe a segunda era dourada do Olimpia ao fim.

Em 1992, o São Paulo deixou de ser um mero grande time no Brasil para se tornar uma potência internacional. A geração de Telê Santana promoveu um futebol vistoso, alegre e decisivo. Contando com grandes jogadores como Zetti, Müller, Raí, Cafu e Palhinha, venceu o Newell's Old Boys da Argentina dando início a uma grande dinastia. Em 1993, o tricolor paulista defendeu com sucesso o título duelando contra a Universidad Católica do Chile nas finais. O clube brasileiro tornou-se o primeiro clube desde o Boca Juniors em 1978 a vencer duas Copas Libertadores consecutivas. Como o próprio Boca Juniors, no entanto, chegaram mais uma vez na final em 1994 e perderam o título para o Vélez Sarsfield da Argentina nas penalidades máximas.

Com uma formação tática altamente compacta e os gols da formidável dupla Jardel e Paulo Nunes, o Grêmio ganhou o cobiçado troféu novamente em 1995 depois de vencer o Atlético Nacional, que naquela época contava ainda com a figura icônica de René Higuita. Jardel terminou a competição como artilheiro, marcando 12 gols. A equipe treinada por Luiz Felipe Scolari foi liderada pelo defensor (e capitão) Adilson e pelo habilidoso meio-campista Arilson. Na temporada de 1996, figuras como Hernán Crespo, Matías Almeyda e Enzo Francescoli ajudou o River Plate a garantir seu segundo título depois de derrotar o América de Cali em uma revanche da final de 1986. A Copa Libertadores permaneceu em grande parte do fim dos anos 90 em terras brasileiras, quando Cruzeiro, Vasco da Gama e Palmeiras venceram o torneio. O Cruzeiro ganhara o título de 1997 em cima do time peruano do Sporting Cristal. O único gol das duas partidas foi marcado pelo atacante Elivélton na partida de volta em Belo Horizonte, que contou com um público de mais de 106 mil pessoas no Mineirão. O Vasco derrotou o Barcelona do Equador com facilidade quando venceu o certame de 1998. A década terminou muito boa para o futebol brasileiro quando o Palmeiras venceu o título de 1999. Foram dois jogos dramáticos na final: 1–0 para o Deportivo Cali na ida e 2–1 para o Palmeiras na volta, levando a decisão para as penalidades máximas. Era o segundo título de Libertadores do técnico Luiz Felipe Scolari, uma vez que o mesmo havia vencido o troféu treinando o Grêmio em 1995.

Este período mostrou ser um grande ponto de virada na história da competição, já que a Copa Libertadores passou por um grande crescimento e mudança. Desde há muito tempo dominada por equipes da Argentina, o futebol sul-americano viu o Brasil começar a ofuscar seus vizinhos, já que seus clubes alcançaram sete finais e ganharam seis títulos na década de 1990.

A partir de 1998, a Copa Libertadores começou a ser patrocinada pela montadora japonesa Toyota e foi batizada oficialmente como Copa Toyota Libertadores. Nesse mesmo ano, os clubes mexicanos, embora afiliados à CONCACAF, começaram a participar da competição graças às cotas obtidas ao participarem inicialmente na chamada pré-Libertadores, onde dois times mexicanos enfrentaram dois clubes venezuelanos, num grupo de turno e returno a qual os dois primeiros colocados garantiam vaga a fase de grupos. O torneio posteriormente foi expandido para 32 equipes e os incentivos econômicos foram introduzidos por um acordo entre a CONMEBOL e a patrocinadora Toyota. Todas as equipes que avançaram para a segunda etapa do torneio receberam 25 mil dólares por sua participação.

Crescimento e prestígio (2000–2009)

Placar eletrônico durante a final de 2005 no Estádio do Morumbi exaltando o time da casa, São Paulo, após o mesmo vencer o Atlético Paranaense por 4–0 e conquistar o título pela terceira vez.

Durante a Copa Libertadores da América de 2000, o Boca Juniors voltou ao topo do continente e ergueu a Taça Libertadores novamente após 22 anos. Conduzido por Carlos Bianchi, o Virrey, juntamente com jogadores destacados como Mauricio Serna, Jorge Bermúdez, Óscar Córdoba, Juan Roman Riquelme e Martín Palermo, o clube se estabeleceu como um dos melhores times do mundo. Os Xeneizes iniciaram esse legado ao vencer o detentor do título Palmeiras nas finais. O time do Boca ganhou a edição de 2001 ao derrotar, mais uma vez, o Palmeiras nas semifinais e o mexicano Cruz Azul na final. O Cruz Azul havia se tornado o primeiro clube mexicano a atingir a final após grandes atuações contra River Plate e um inspirado Rosário Central. Assim como os seus predecessores do final da década de 1970, no entanto, o Boca Juniors ficaria longe da terceira conquista consecutiva da Libertadores. Os Xeneizes se frustraram quando foram eliminados pelo Olimpia, desta vez nas quartas de final. Dirigido pelo técnico vencedor da Copa do Mundo de 1986 Nery Pumpido, o Olimpia superaria o Grêmio e chegara a final onde enfrentaria a grande surpresa São Caetano. A final foi sofrida: após perder a primeira partida em casa por 1–0, o Olimpia conseguiu levar a decisão nos pênaltis na partida de volta em São Paulo vencendo por 2–1 no tempo normal. Os paraguaios levaram a melhor nas penalidades e levaram seu terceiro título do torneio.

O torneio de 2003 foi talvez uma das edições mais excepcionais da história da Libertadores, já que muitas equipes, como América de Cali, River Plate, Grêmio, Cobreloa e Racing, entre outros, apresentaram grandes times; além de grandes surpresas inesperadas como Independiente de Medellín e Paysandu. O time do Santos (que tinha uma jovem equipe Campeã Brasileira em 2002, treinada por Emerson Leão e contando com jogadores de destaque como Renato, Alex, Léo, Ricardo Oliveira, Diego, Robinho e Elano), tornou-se um símbolo do futebol divertido e alegre que se assemelhava à geração de Pelé dos anos 60. O Boca Juniors mais uma vez mostrou seu talento dentro das quatro linhas preenchendo a lacuna deixada pelo bem sucedido time de 2000–2001 (com os novos destaques Rolando Schiavi, Roberto Abbondanzieri e Carlos Tevez). Boca Juniors e Santos acabariam se encontrando na final, fazendo uma revanche da edição de 1963 vencida pelos santistas. O Boca acabou vingando a derrota dos anos 60, superando o Santos nas duas partidas da final: 2–0 na Bombonera e 3–1 no Morumbi. O treinador Carlos Bianchi venceu a Copa pela quarta vez e se tornou o técnico mais bem sucedido da história da competição, enquanto o Boca comemorava seu Pentacampeonato. O time argentino chegaria a sua quarta final em cinco torneios no ano seguinte, mas foi superado pelo surpreendente Once Caldas da Colômbia. Empregando um estilo de futebol conservador e defensivo, o Once Caldas tornou-se o segundo clube colombiano a vencer a competição, depois do Atlético Nacional em 1989.

Depois de ser eliminado na semifinal de 2004, o São Paulo realizou um excelente torneio em 2005, chegando até a final para disputar o troféu com o Atlético Paranaense. Foi a primeira vez que a final da Libertadores envolveu dois times de um mesmo país. O "Tricolor" obteve sua terceira conquista depois de vencer o Atlético na partida de volta por 4–0. A final de 2006 também envolveu duas equipes brasileiras, com o atual campeão São Paulo em frente ao Internacional. Dirigidos pelo icônico capitão Fernandão, os Colorados venceram o São Paulo por 2–1 no Estádio do Morumbi e empataram por 2–2 em casa em Porto Alegre, ganhando assim seu primeiro título. O grande rival do Internacional, o Grêmio, deu o melhor de si e chegou à final de 2007 com um esquadrão relativamente novo. No entanto, enfrentou o Boca Juniors, que contava com muitos jogadores experientes, que acabou levando seu sexto título.

O jogador Washington do Fluminense, momentos antes de entrar em campo na final da Copa Libertadores de 2008.

Em 2008, a CONMEBOL arranjou um novo patrocinador para o torneio: o Grupo Santander, a empresa espanhola é um dos maiores grupos bancários do mundo e substituiu a fabricante automotiva japonesa Toyota, como a principal patrocinadora da competição e tendo direito ao uso do naming rights da competição, tornou-se o patrocinador master da Copa Libertadores durante cinco anos, e assim o nome oficial mudou novamente para Copa Santander Libertadores. Nessa temporada, a LDU Quito tornou-se o primeiro time do Equador a vencer a Copa Libertadores depois de derrotar o Fluminense por 3–1 nas penalidades, no Rio de Janeiro, dentro do Estádio do Maracanã. O goleiro José Francisco Cevallos desempenhou um papel fundamental para a conquista do título, defendendo três cobranças nas penalidades máximas. Essa foi a primeira vez em que o Maracanã foi palco uma final de Libertadores, mesmo o Rio de Janeiro tendo já dois campeões da competição, o Flamengo e o Vasco da Gama. O maior ressurgimento da década aconteceu na 50ª edição da Libertadores e foi conquistada por um antigo clube que reapareceu pro continente. O Estudiantes, liderado por Juan Sebastián Verón, ganharam seu quarto título depois de 39 longos anos após a geração bem-sucedida da década de 1960 (liderada pelo pai de Juan Sebastián, Juan Ramón). Os pincharatas conseguiram derrotar o Cruzeiro por 2–1 na partida de volta em Belo Horizonte.

Brasil e Argentina no topo novamente (2010–2018)

Neymar, em aquecimento antes da partida entre Peñarol e Santos pela final da Copa Libertadores da América de 2011.

A partir de 2010, a competição passou a ser dominada pelos clubes brasileiros por quatro anos, primeiramente com o Internacional, que conquistou o bicampeonato ao derrotar o Chivas Guadalajara do México na final. Em 2011, o Santos volta a alcançar o topo do continente e vence sua terceira Copa depois de um longo hiato de 48 anos, superando novamente o Peñarol (como fez em sua primeira conquista em 1962) por 2–1 na finalíssima no Pacaembu em São Paulo. No ano seguinte, o Corinthians venceu o torneio de forma invicta, batendo o tradicional Boca Juniors por 2–0 na finalíssima em São Paulo. Foi o primeiro título do Corinthians na competição. Na segunda partida da final de 2013, o Atlético Mineiro devolveu ao Olimpia o placar de 2–0 que havia sofrido no primeiro jogo no Paraguai, levando a decisão para as penalidades máximas e se sagrou vencedor graças as defesas do goleiro Victor, conquistando seu primeiro título.

O domínio brasileiro terminou com o título do San Lorenzo da Argentina em 2014, batendo o Nacional do Paraguai nas finais. Mas uma condição permaneceu nessa conquista: o campeão mais uma vez era inédito pelo terceiro ano consecutivo. A vitória do San Lorenzo foi seguida pela vitória de outro argentino, o River Plate, ganhando seu terceiro título em 2015. O Atlético Nacional quebrou o domínio argentino e venceu a edição de 2016 ao derrotar o Independiente del Valle do Equador em um placar agregado de 2–1. A equipe colombiana ganhou seu segundo título após 27 anos, tornando-se a primeira equipe do Pacífico a atingir um bi da competição. Em 2017, o Grêmio voltaria a colocar o Brasil no topo da Libertadores, ganhando o torneio pela terceira vez em sua história após 22 anos, ao derrotar o Lanús da Argentina na final com um placar agregado de 3–1. O Tricolor Gaúcho foi a segunda equipe brasileira a vencer a Libertadores em solo argentino, depois do Santos em 1963.

Em 2018 o River Plate ganhou o certame pela quarta vez numa final contra o seu maior rival, o Boca Juniors, depois de empatar a primeira partida na Bombonera por 2–2 e vencer a segunda partida no Estádio Santiago Bernabéu, em Madrid, por 3–1 na prorrogação. Esta foi a primeira vez que o superclássico do futebol argentino decidiu uma final internacional (sendo a terceira final na história da competição com dois times de um mesmo país após 2005 e 2006), e também a primeira vez que foi decidida fora da América do Sul, após a partida de volta ter sido transferida de Buenos Aires por questões de segurança.

Domínio brasileiro (2019–)

A partir de 2019, a competição passou a ser decidida em jogo único em campo previamente definido. O River Plate alcançou novamente a final, dessa vez contra o Flamengo. O clube brasileiro venceu de virada por 2–1 e voltou a conquistar o título após 38 anos.

Entre 2020 e 2022, a Libertadores foi marcada por uma série de finais entre equipes brasileiras. Adiada durante cerca de cinco meses devido à pandemia de COVID-19, a edição de 2020 teve sua final remarcada para dia o 30 de janeiro de 2021, ao invés da data original de 21 de setembro de 2020. Palmeiras e Santos se enfrentaram no Estádio do Maracanã, tendo o "alviverde paulista" como campeão pela segunda vez na história.

Raphael Veiga, do Palmeiras, e Pol Fernández, do Boca, disputam bola na semifinal da Libertadores de 2023 no Allianz Parque

Ainda em 2021, o Palmeiras voltou a conquistar a Copa Libertadores da América, tornando-se tricampeão da competição ao derrotar o Flamengo na final disputada no Estádio Centenario em Montevidéu, no Uruguai. Com o título, a equipe paulistana se transformou no clube brasileiro com melhor desempenho na história da Libertadores e o único time na história a ter conquistado a Copa Libertadores duas vezes no mesmo ano.

Em 2022, nova final brasileira, dessa vez entre Flamengo e Athletico Paranaense, com vitória da equipe carioca em Guaiaquil, no Equador, no que foi sua terceira conquista continental e se igualando a Grêmio, Palmeiras, Santos e São Paulo como os maiores vencedores do país na Libertadores.

O Boca Juniors quebrou a sequência de finais brasileiras em 2023, mas o título seguiu no Brasil com a conquista inédita do Fluminense jogando no Maracanã. Com cinco títulos consecutivos, os clubes brasileiros superaram a Argentina nesse aspecto, que teve quatro triunfos duas vezes, entre 1967 e 1970 e 1972 e 1975.

A Copa Libertadores é um torneio de futebol de clubes sul-americanos que ocorre anualmente. É considerada uma das competições mais prestigiosas do continente e reúne equipes de diversos países, como Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, entre outros.

A competição foi criada em 1960 e seu nome é uma homenagem aos líderes da independência da América Latina. A Copa Libertadores é organizada pela Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) e o campeão do torneio garante vaga no Mundial de Clubes da FIFA.

O formato da Copa Libertadores consiste em uma fase de grupos, seguida por mata-matas até a grande final. Os clubes são divididos em grupos, onde enfrentam uns aos outros em jogos de ida e volta. Os melhores colocados de cada grupo avançam para as oitavas de final, onde os confrontos passam a ser eliminatórios.

A atmosfera da Copa Libertadores é conhecida por ser intensa e apaixonada, com torcedores fervorosos que lotam os estádios e criam uma atmosfera única. Os jogos são marcados por rivalidades históricas e muita emoção, com jogadores talentosos disputando cada lance com garra e determinação.

Ao longo dos anos, diversos clubes sul-americanos se consagraram campeões da Copa Libertadores, como Boca Juniors, River Plate, Independiente, Santos, São Paulo, entre outros. A competição é um verdadeiro teste de habilidade e resistência para os clubes participantes, que buscam o título e o reconhecimento continental.

A Copa Libertadores é um evento esportivo de grande importância para o futebol sul-americano, reunindo os melhores clubes da região em busca da glória e da conquista do continente. É um torneio que desperta paixões e emoções, deixando um legado de grandes momentos e histórias para contar.