Wikipedia - Copa Sul-Americana

A Copa Sul-Americana (em espanhol: Copa Sudamericana), cujo nome oficial atual é CONMEBOL Sudamericana, é uma competição continental de clubes de futebol da América do Sul, organizada pela Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) desde 2002. É a segunda mais importante competição da CONMEBOL, apenas atrás da Copa Libertadores da América.

Substituiu, em 2002, as copas Mercosul e Merconorte (1998–2001), sendo que estas substituíram a Supercopa Sul-Americana (1988–1997) e Copa Conmebol (1992–1999).

Até 2010, era patrocinada pela montadora japonesa Nissan, e em 2011 e 2012, pela fabricante de pneus japonesa Bridgestone. Em 2013 e 2014 foi patrocinada pela petroquímica francesa Total.

Após escândalo na CONMEBOL em 2015, a Copa Sul-Americana perdeu patrocinadores, embora tenha sido garantida até 2018 por aumento na cota de participação dos direitos de transmissão ao canal Fox Sports. Em 8 de maio de 2017 a CONMEBOL anunciou a Bumbet, site de apostas, como novo patrocinador premium da entidade para as edições de 2017 e 2018.

History

Logotipo com o patrocínio da Nissan (2003–2010).
Logotipo com o patrocínio da Bridgestone (2011–2012).
Logotipo com o patrocínio da Total (2013–2014).

Em 2002, surgiu a ideia de uma Copa Pan-Americana, uma parceria da CONMEBOL com a CONCACAF, que possuiria 9 times no novo certame: 4 mexicanos, 3 caribenhos/centro-americanos e 2 estadunidenses. Os demais 23 times seriam sul-americanos. O projeto foi adiado para 2003, mas novamente não foi efetivado, quando estabilizou-se um torneio secundário meramente sul-americano, a Copa Sul-Americana, estreada em 2002.

De forma menos incisiva do que o planejado para a Copa Pan-Americana, entre 2005 e 2008 clubes da CONCACAF participaram como convidados. Nesse período jogaram equipes de México, Estados Unidos, Costa Rica e Honduras. Na edição de 2006, o Pachuca tornou-se o primeiro (e atualmente único) clube não sul-americano a vencer uma competição organizada pela CONMEBOL.

Desde sua criação, em 2002, o campeão se classifica para disputar a Recopa Sul-Americana, no ano seguinte, contra o campeão da Copa Libertadores. Até o presente momento, a maior série de conquistas do seu representante no tira-teima é de 2004 a 2006. De 2007 a 2018, o torneio classificou para a disputa da Copa Suruga Bank (em sua última edição, em 2019, renomeada para J.League YBC Levain Cup/CONMEBOL Sudamericana Final), contra o campeão da Copa da Liga Japonesa, sendo jogada no Japão. A partir da edição de 2010, a CONMEBOL incluiu uma vaga para o campeão da Copa Sul-Americana na edição próxima da Libertadores.

Em 2015 e 2016, teve o seu campeão participando da Supercopa Euroamericana, competição amistosa contra o campeão da Liga Europa da UEFA, organizada pela DirecTV. Em 2023, retornou o confronto entre estes dois campeões, mas pelo Desafio de Clubes da UEFA–CONMEBOL, torneio gerido pelas confederações continentais de seus disputantes. A CONMEBOL lhe considera como oficial, enquanto que a UEFA lhe vê como amistoso.

Ao conquistar a edição de 2011, a Universidad de Chile tornou-se a primeira equipe chilena a vencer a Copa Sul-Americana e com a melhor campanha da competição até hoje.
O paraguaio Claudio Morel Rodríguez é o futebolista que mais vezes ganhou a Copa Sul-americana, com conquistas em 2002 (pelo San Lorenzo), 2004 e 2005 (pelo Boca Juniors).

Em novembro de 2011, a CONMEBOL e os representantes das confederações participantes do torneio decidiram pela abertura de mais 8 vagas para a edição de 2012. Os países que até então tinham apenas 3 vagas, passaram a contar com 4 representantes a partir daquela edição, com exceção de Argentina e Brasil (6 e 8 vagas respectivamente, sendo que a CBF perderia duas vagas em 2017).

Até o momento, apenas uma vez o vencedor da Sul-Americana venceu a Copa Libertadores do ano seguinte: o River Plate, campeão de 2014, na edição de 2015. El Millonario ganharia ainda a Recopa e a Copa Suruga de 2015, sendo o único a ganhar estas duas taças no mesmo ano. O time também ganhou a amistosa Supercopa Euroamericana, feito não obtido no ano seguinte pelo Santa Fe.

Já o inverso ocorreu em 2004 e 2009, quando foi conquistada pelo respectivo campeão da Libertadores do ano anterior (2003 e 2008), Boca Juniors e LDU. Neste último caso, reeditou-se a principal final continental pretérita, com o time equatoriano novamente superando o Fluminense. Esta foi também a final com mais gols no agregado (nove: LDU 5 x 4 Fluminense) e em único jogo de decisão (seis: LDU 5 x 1 Fluminense; ida).

Em 2017, passou por uma nova reformulação. Antes disputada apenas no segundo semestre, passou a ocorrer durante toda a temporada, em paralelo com a Copa Libertadores, sendo que 10 equipes eliminadas desta competição antes das oitavas de final foram transferidas para a Copa Sul-Americana: os oito terceiros colocados nos grupos e os dois melhores eliminados na terceira fase preliminar. Foi vetada a dupla classificação e a possibilidade de título no mesmo ano das duas competições continentais. Extinguiu-se a fase de disputas nacionais, que retornaria em 2021. Desde a Libertadores daquele mesmo ano, o então campeão da Sul-Americana entrou em sua fase de grupos, não mais em fase preliminar, tornando-se também uma vaga extra, deixando de retirar a vaga do último classificado pelo nacional.

Antes de 2017, apesar de não ser regra, a disputa da Sul-Americana (segundo semestre) após ter jogado a Libertadores (primeiro semestre), além do caso do atual campeão, podia ocorrer a depender dos critérios das confederações nacionais. O Atlético Nacional disputaria a final de 2016, não ocorrida por razão do acidente no voo da Chapecoense, como campeão da principal competição do continente daquele mesmo ano.

Desde 2019, a final é disputada em jogo único e campo neutro, regra que recebe críticas em razão dos problemas de logística do continente.

Em 2021, a fórmula mudou novamente, não sendo mais apenas mata-mata, passando a ser composta por três fases: uma fase nacional preliminar (de 32 continuam 16, sendo dois de cada país; nessa etapa não jogam times de Brasil e Argentina), a fase de grupos (8 grupos de 4: dos 32 times, 16 vêm da anterior, 6 do Campeonato Argentino, 6 do Campeonato Brasileiro e 4 da eliminação na terceira preliminar da Libertadores) e o mata-mata a partir das oitavas (o primeiro lugar de cada grupo e os 8 que ficaram em terceiro lugar nos grupos da Libertadores). A transferência pela eliminação na terceira preliminar passou a abranger os quatros times eliminados, aumentando para doze o número total de transferidos.

Em 2023, a primeira fase, antes travada em ida-e-volta, passou a ser em jogo único, com mando de campo definido por sorteio. Após a fase de grupos, ocorre um play-off entre os segundos colados contra os terceiros colados dos grupos da Libertadores. Os vencedores enfrentam os primeiros colados pelas oitavas.

Boca Juniors (2004 e 2005; único bicampeão consecutivo), Club Atlético Independiente (2010 e 2017), Athletico Paranaense (2018 e 2021), Independiente del Valle (2019 e 2022) e LDU Quito (2009 e 2023) são os maiores campeões. O torneio conta com 17 campeões de sete países (sendo um da CONCACAF), tendo tido uma sequência de 12 campeões diferentes em 12 anos (2005 a 2016).

Internacional (2008), Universidad de Chile (2011), São Paulo (2012) e River Plate (2014) foram os únicos campeões invictos na história da Copa; o primeiro com cinco vitórias e cinco empates em dez jogos, o segundo com dez vitórias e dois empates em doze jogos; o terceiro com cinco vitórias e cinco empates em dez jogos e o quarto com oito vitórias e dois empates em dez jogos.

No Brasil

A Chapecoense conquistou a Copa Sul-Americana de 2016 de forma póstuma.

A Confederação Brasileira de Futebol não participou da primeira Copa Sul-Americana (2002) alegando problemas de calendário. O torneio não foi muito valorizado pelos grandes clubes brasileiros nos primeiros anos de disputa. Em 2003, a classificação se deu apenas pelo Ranking de Clubes da CONMEBOL. Em 2004 e 2005, envolveu o Ranking e o Campeonato Brasileiro.

Em 2006, 2007 e 2008 foram classificados o campeão nacional e os sete melhores colocados não classificados para a Libertadores, totalizando oito vagas.

De 2009 a 2012 classificavam-se os oito clubes melhores no Campeonato Brasileiro não qualificados para a Libertadores, que na época era reservada aos quatro primeiros colados. A partir de 2010, quando a CONMEBOL atribuiu vaga na Libertadores ao campeão da Sul-Americana, um título da mesma por um brasileiro transformaria o G4 em G3, o que seria aplicado em 2012, mas coincidentemente o São Paulo findou justamente em quarto. Não retirava, porém, a última vaga definida para a Sul-Americana, lembrando-se que de 2003 a 2016 existia na Sula a vaga do então campeão. A presença do campeão da Copa do Brasil ou Libertadores entre os doze primeiros abria vaga para os próximos mais bem posicionados. A partir da Libertadores de 2017, a vaga de campeão da Sul-Americana deixou de diminuir o número de vagas já destinadas para a Libertadores, ganhando o seu país um representante a mais.

A partir da Sul-Americana de 2013, os classificados eram os melhores no Campeonato Brasileiro do ano anterior entre os que foram eliminados até a terceira fase da Copa do Brasil do mesmo ano (a quarta fase é a fase de oitavas de final), o que poderia incluir os quatro clubes promovidos da segunda divisão. Tal critério foi utilizado até 2016.

Entre 2014 e 2016 a Copa do Nordeste passou a distribuir uma vaga ao seu campeão na Sul-Americana, desde que os clubes não estivessem na disputa da Copa do Brasil no segundo semestre. Em 2015 e 2016, o campeão da Copa Verde (competição que envolve clubes do Norte, Centro-Oeste e Espírito Santo) também garantiu uma vaga na competição sul-americana.

Existiam duas fases: a primeira, nacional, eliminava em jogos de ida-e-volta quatro equipes; na segunda, jogava-se com as demais equipes do continente, partindo-se das oitavas.

Com a reformulação da competição em 2017, o Brasil perdeu duas vagas, passando a contar com seis clubes, e o critério de classificação passou a ser unicamente através das colocações no Campeonato Brasileiro: os seis melhores não classificados para a Libertadores, sendo que os seis primeiros são classificados para esta. A presença de qualificados a Libertadores por outros meios (título de Copa do Brasil, Libertadores ou Sul-Americana) entre os doze primeiros deixa a vaga para o próximo mais bem colocado. Acabaram as fases nacionais e os clubes brasileiros passaram a enfrentar equipes estrangeiras desde a primeira fase.

No novo formato, adotado desde 2021, os classificados pelos nacionais de Brasil e Argentina entram já na segunda fase (de grupos).

A Copa Sul-Americana é um torneio de futebol de clubes da América do Sul. É a segunda competição mais importante do continente, atrás apenas da Copa Libertadores. A competição foi criada em 2002 e reúne equipes de diversos países sul-americanos.

A Copa Sul-Americana é organizada pela Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) e conta com a participação de clubes de países como Brasil, Argentina, Colômbia, Chile, Uruguai, entre outros. O torneio é disputado anualmente e tem um formato de mata-mata, com jogos de ida e volta.

O campeão da Copa Sul-Americana garante vaga na Copa Libertadores do ano seguinte, além de disputar a Recopa Sul-Americana contra o campeão da Copa Libertadores. O torneio é conhecido por reunir equipes tradicionais e revelar novos talentos do futebol sul-americano.

A Copa Sul-Americana é uma competição emocionante, com jogos intensos e disputados. Os times buscam o título e a oportunidade de representar o continente em competições internacionais. Os estádios ficam lotados de torcedores apaixonados, criando uma atmosfera única e vibrante.

A Copa Sul-Americana é uma vitrine para os clubes sul-americanos mostrarem seu potencial e conquistarem reconhecimento internacional. É um torneio que valoriza a tradição e a paixão pelo futebol, proporcionando momentos inesquecíveis para os fãs do esporte.