Brasil - Campeonato Cearense | 01/21 18:00 | 1 |
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Brasil - Campeonato Cearense | 01/28 18:00 | 2 |
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Brasil - Campeonato Cearense | 01/31 18:00 | 3 |
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Brasil - Campeonato Cearense | 02/08 18:00 | 4 |
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Brasil - Campeonato Cearense | 02/18 18:00 | 5 |
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Brasil - Série B | 11/25 20:00 | 38 |
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L | 1-3 | |
Brasil - Série B | 11/18 20:00 | 37 |
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L | 3-1 | |
Brasil - Série B | 11/12 18:45 | 36 |
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W | 2-0 | |
Brasil - Série B | 11/04 20:00 | 35 |
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D | 2-2 | |
Brasil - Série B | 10/27 22:00 | 34 |
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W | 2-1 | |
Brasil - Série B | 10/22 21:00 | 33 |
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L | 1-0 | |
Brasil - Série B | 10/14 21:30 | 32 |
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D | 0-0 | |
Brasil - Série B | 10/07 00:30 | 31 |
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L | 2-0 | |
Brasil - Série B | 10/01 21:00 | 30 |
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L | 0-1 | |
Brasil - Série B | 09/23 20:00 | 29 |
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D | 1-1 | |
Brasil - Série B | 09/19 00:00 | 28 |
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L | 4-1 | |
Brasil - Série B | 09/07 00:30 | 27 |
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W | 3-1 |
Total | Casa | Visitante | |
---|---|---|---|
Partidas disputadas | 61 | 30 | 31 |
Wins | 27 | 19 | 8 |
Draws | 16 | 5 | 11 |
Losses | 18 | 6 | 12 |
Goals for | 88 | 48 | 40 |
Goals against | 70 | 28 | 42 |
Clean sheets | 18 | 13 | 5 |
Failed to score | 17 | 6 | 11 |
Ceará Sporting Club é um clube poliesportivo brasileiro. Sua sede situa-se em Fortaleza, na Região Nordeste do Brasil. O clube foi fundado na noite do dia 2 de junho de 1914, pelas ruas do histórico bairro do Centro da Capital.
Seu mascote é o vovô, não por ser o time mais velho da capital cearense, mas por Meton de Alencar Pinto, então presidente do clube, por ao receber os atletas juvenis do América Futebol Club, os tratou como seus "netinhos".
Seu estádio oficial é o Carlos de Alencar Pinto, apelidado pela torcida como Vovozão. O alvinegro, porém, manda os seus jogos na Arena Castelão, do Governo do Estado do Ceará, e no Estádio Presidente Vargas, da Prefeitura de Fortaleza.
Também é de posse do clube um dos mais modernos centros de treinamento do Nordeste, a Cidade Vozão, que ocupa uma área de oito hectares, abrigando nele um estádio com capacidade para 4.000 pessoas; três campos oficiais de treinamento, bem como uma quadra society. O CT possui um prédio com 1.600 m² de construção.
Tem como principais títulos os campeonatos do Torneio Norte–Nordeste de 1969, o tricampeonato da Copa do Nordeste, conquistados em 2015, 2020 e 2023 – com os dois primeiros conquistados de forma invicta –, além de 45 títulos estaduais.
É dono das melhores campanhas de um clube cearense na Copa do Brasil (vice-campeão na edição de 1994), edição em que ficou marcada pela polêmica de um pênalti não marcado a favor do Alvinegro na final; além das semifinais de 2005 e 2011.
Algumas pesquisas antigas indicavam o Ceará como sendo o dono da maior torcida do estado, sendo a terceira maior do Nordeste, segundo a Pluri, o IBOPE, o Datafolha, a Ipsos Marplan, o Lance! e Ibope. Porém, pesquisas mais recentes do IBOPE e do jornal O Globo indicam uma mudança nesse dado, tento sido ultrapassado pelo Fortaleza, seu rival. Agora o clube é o dono da segunda maior torcida do estado e da quarta maior do Nordeste, atrás de Bahia, Fortaleza e Sport respectivamente.
É o clube alencarino com mais públicos acima de 50.000 pagantes na história do Estado (13 vezes). O Alvinegro também possui médias de público espetaculares em edições da Série A: 28.613 pagantes em 2018; 26.011 pagantes em 2019; e 23.467 pagantes em 2010. Além disso, é o clube cearense com a melhor média de público da Copa do Brasil (35.407 pagantes em 2005), além de possuir a 4ª melhor média de público da história da competição (20.355 pagantes entre 1989 e 2017). Também possui números expressivos em outras competições, como as Copas do Nordeste de 2013 (23.541 pagantes), 2014 (20.283 pagantes) e 2015 (24.282 pagantes); as Série B de 2009 (22.660 pagantes) e 2017 (20.555 pagantes); e o Cearense de 2006 (20.229 pagantes). O clube alvinegro também é o dono do maior público entre clubes cearenses em edições da Série A do Campeonato Brasileiro, com um público de 57.223 pagantes em partida contra o Vasco da Gama em 2018.
É o único time do estado e um dos poucos do Brasil a nunca ter participado da Série C do Campeonato Brasileiro. Além disso, o Ceará é o único clube do Nordeste a nunca ter ficado sem divisão nacional desde 1971 (o Sport, outro nordestino a nunca ter jogado a Série C, ficou sem participação em competição nacional em 1972).
Ao lado de Bahia, Sport e Fortaleza, é o clube nordestino com mais participações consecutivas na Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro (2018-2022). É, também, o clube cearense que mais participou do Campeonato Brasileiro da Série A e da Copa do Brasil, além de ser o segundo maior campeão do estado em títulos de Campeonato Cearense, com 45 conquistas, sendo 1 vez pentacampeão (1915-1919), 3 vezes tetracampeão (1975-1978, 1996-1999 e 2011-2014) e 1 tricampeonato (1961-1963) e ser o time do estado que mais disputou competições internacionais oficiais, sendo quatro participações: a Copa Conmebol de 1995 e a Copa Sul-Americana de 2011, 2021 e 2022. É o 3° melhor clube nordestino no Ranking da Conmebol, ficando atrás apenas de Bahia e Sport.
O Ceará tem também tradição no futsal, onde seus principais títulos são a Copa do Brasil em 2021, a Liga Nordeste em 2019 e o hexacampeonato do Campeonato Cearense, nas edições de 2003, 2004, 2005, 2019, 2020 e 2021. O Alvinegro é o 3º clube que mais vezes venceu o campeonato estadual da modalidade, ficando atrás de Sumov e América.
No estado do Ceará, o futebol teve seus primeiros passos dados por marinheiros e funcionários de empresas inglesas instaladas no estado em 1903. Em 1904, José Silveiria, jovem estudante na Suíça, trouxe a primeira bola oficial para o estado. Logo o futebol tornou-se paixão popular; não demorou muito e surgiram inúmeras equipes.
No dia 2 de junho de 1914, caminhando pelo centro da capital do estado Ceará, Luís Esteves Júnior e Pedro Freire conversavam sobre diversos assuntos, principalmente sobre política internacional. Após chutar uma pedra no meio do caminho, começaram a falar sobre futebol, surgindo a ideia de fundar um clube. Ao encontrar colegas no Café Art Nouveau, na Praça do Ferreira, a ideia da dupla foi se concretizando. Ainda no mesmo dia, a turma se reuniu na residência de Luís Esteves. As 22 pessoas (há quem fale em 18 e em 25) escolheram o nome do clube como Rio Branco Football Club, com camisas de cor roxa e calções brancos, semelhantes ao uniforme da atual Fiorentina, da Itália (que seria fundada em 1926 e cujas vestimentas, portanto, não influenciaram as cores do time cearense). Gilberto Gurgel, comerciante da Praça do Ferreira, foi eleito o primeiro presidente e promoveu-se uma coleta entre os associados, visando a arrecadar fundos para comprar uma bola oficial número 5. Foram arrecadados cerca de 22 mil réis, uma quantia razoável e que mostra a boa condição social dos fundadores do clube.
Numa outra reunião, exatamente um ano depois, foi escolhido mudar o nome do time para Ceará Sporting Club e, devido a dificuldade de se obter camisas na cor roxa, mudou-se as cores do uniforme para preto e branco.
Não se sabe bem o porquê da escolha do nome Rio Branco. Provavelmente uma homenagem ao famoso diplomata brasileiro Barão do Rio Branco, falecido em 1912. O nome reflete, contudo, a dureza, as dificuldades da época e as esperanças de um futuro melhor; queria-se um Rio Branco de águas limpas, transparentes para se banhar e aproveitar o vento e o sol. O nome Ceará relaciona-se a um aumento do regionalismo, uma consequente desilusão da Belle Époque, advinda com a Primeira Guerra Mundial. As cores alvinegras evidenciavam igualmente o momento: o branco da paz, a que homens almejavam naquele instante de guerra, mais ainda. Quanto ao preto, há uma significância toda especial: sabe-se que tal cor, por séculos associada ao luto e a morte, foi transformada pela nobreza absolutista da idade moderna e sobretudo pelas elites num tom solene de elegância, gala, luxo, força, poderio e aristocracia. Assim, foram misturados no Ceará, o poder, a nobreza e a ternura.
Apesar de muitos pensarem que o codinome Vovô se deva ao fato de o Ceará ser o mais velho clube do estado, depoimento de Aníbal Câmara Bonfim, um dos fundadores do América Futebol Club, em 1920, diz o real motivo do apelido. Ele contava que os jogadores do América costumavam treinar no campo do Ceará. O presidente do Ceará na época, Meton de Alencar Pinto, passou a tratá-los como "meus netinhos" e se auto-intitulava "Vovô". Em 2009, o personagem ganhou vida. Uma pessoa fantasiada de Vovô passou a estar presente nos jogos em que o mando de campo é do alvinegro.
Depois de fundado em 1914, o Ceará conquista seu primeiro título já no ano seguinte com o cearense de 1915 onde o alvinegro venceu na final a equipe do Stella por 2 a 1. Nos anos seguintes, o time venceu os campeonatos de1916, desta vez batendo o Maranguape por 2 x 0 na decisão, o cearense de 1917 outra vez contra o Stella pelo placar de 1 a 0, e os campeonatos de 1918 e 1919 ambos contra o Fortaleza, vencendo as finais por 2 x 0 e 2 x 1 respectivamente, conquistando o pentacampeonato cearense. Títulos esses reconhecidos oficialmente em 2008 pelo TJDF/CE.
Depois de conquistar o pentacampeonato estadual, o Ceará volta a vencer o campeonato cearense em 1922, agora com a organização da Associação Desportiva Cearense, que teve como artilheiro Walter Barroso, meio campista do alvinegro que marcou 14 gols. Na partida decisiva contra o Fortaleza o Vozão venceu o jogo por 4 x 1. Após sagrar-se campeão, o Ceará foi comemorar no Rotissserie Sportman, mesmo local que havia sido reservado pela diretoria do Fortaleza, caso conquistasse o título. A partir daí surgia a maior rivalidade do futebol cearense.
Em 1925, o Ceará volta a conquistar o campeonato cearense, novamente em cima do Fortaleza, que ficou com o vice-campeonato da competição. O Vozão teve ainda o artilheiro do campeonato mais uma vez. Desta vez o jogador Pau Amarelo, marcou 16 tentos, sendo goleador máximo do certame.
Logo no início da década de 30, o Ceará conquista um bicampeonato cearense em 1931 e 1932. Em 1939, o clube enfrenta o seu maior jejum sem títulos: seis anos. O campeonato desse ano só se encerraria no dia 11 de fevereiro de 1940, com a goleada do Alvinegro de Porangabuçu sobre o Tramways, por 6x2, com Aníbal, Farnum e Biinha marcando dois gols cada. César e Zé Walter descontaram para o adversário.
Na década de 40, novamente o time inicia bem com os títulos de 1941 e 1942. O Vovô voltaria a vencer novamente o campeonato em 1948.
O Ceará vence o campeonato de 1951 sobre o time do Ferroviário tendo o jogador Antonino, do alvinegro, terminando como artilheiro da competição com 13 gols. O Vozão conquista o campeonato cearense de 1957 contra o Usina Ceará, numa final em três partidas. Em 1958, veio o bicampeonato consecutivo contra o Fortaleza, título esse que valeu a classificaçâo para a Taça Brasil de 1959, sendo posteriormente denominado Campeonato Brasileiro.
Na Taça Brasil de 1959, o Ceará estreou no grupo nordeste contra o time do ABC de Natal. Nas duas primeiras partidas, acabaram empatadas. No jogo de ida em Natal o placar foi 1 x 1. Jorginho marcou para o donos da casa e Claudinho empatou para o Vozão. Na segunda partida, empate sem gols no Estádio Presidente Vargas. A decisão da vaga foi para uma terceira partida, também no PV. Para esse jogo, o time do Ceará foi a campo com: Harry Carrey; William e Alexandre; Claudio, Claudinho e Carneiro; Neném, Zeca (Carlito), Doca, Valter Vieira e Gilberto. Desta vez, vitória do Ceará por 2 a 1, gols de Claudinho e Doca. Para a final do zonal Nordeste, o Ceará enfrentou o Bahia e empatou por 0 x 0 no Estádio Presidente Vargas. Na volta, novo empate no Estádio da Fonte Nova, 2 x 2 e a decisão foi para uma terceira partida, novamente em Salvador. No tempo normal, empate por 1 x 1. A partida foi para a prorrogação, onde o Bahia venceu por 2 a 1 e rumou para a disputa do título.
Nos início dos anos 60 veio a conquista do tricampeonato. O esquadrão preto e branco tinha nomes inesquecíveis, que levaram o clube às vitórias: George, William, Alexandre, Benício, Mauro Calixto, Ivan Carioca, Gildo, Charuto, Carlito, Carneiro e Aloísio Linhares, dentre outros, conduziram o Vozão ao tricampeonato cearense em 1961, 1962 e 1963. No final da década, o Alvinegro conquista seu primeiro título regional com o Torneio Norte-Nordeste de 1969. Pelo quadrangular final do grupo do Nordeste, o Vovô terminou a frente de Galícia, CSA e Sport o que deu o direito de disputar o título na decisão contra o bom time do Remo, que venceu o grupo do Norte. Na primeira partida da final, vitória do Remo por 2 x 1. No jogo da volta o Ceará venceu por 3 x 2, forçando uma terceira partida. Na finalíssima, vitória do Ceará por 3 a 0 confirmando o título inédito do Norte-Nordeste.
Logo no início dos anos 70, o Ceará obtém um bicampeonato cearense em 1971 e 1972, fazendo também o artilheiro em ambas edições com Victor (26 gols) e Da Costa (18 gols), respectivamente.
Em 1972, o Santos esteve em Fortaleza para jogar contra o Ceará levando sua maior estrela, Pelé, para jogar sua milésima partida pelo clube. No confronto de alvinegros, quem se deu bem foi o Vovô, que bateu o Santos por 2 a 1 de virada. O Ceará saiu perdendo no primeiro tempo com um gol de Pelé, o 1 015 de sua carreira, mas os cearenses voltaram a campo dispostos a virar o placar e, aos 17 minutos da etapa complementar, Samuel empatou. Treze minutos depois, Da Costa fez de cabeça o gol da virada do Vovô.
"Já estava no finalzinho do jogo, o placar era 1 a 1 porque o Samuel tinha empatado para nós no começo do segundo tempo", contou Da Costa, autor do gol da vitória alvinegra. "A jogada foi assim: Samuel ou Edmar, não lembro direito, meteu uma bola para o Jorge Costa na ponta direita. O Jorge ganhou na carreira do Rildo (lateral esquerdo do Santos), foi à linha de fundo e cruzou. Eu ameacei ir para a marca do pênalti e voltei… O Carlos Alberto subiu, mas eu subi na frente dele e cabeceei, a bola bateu no pau da trave e entrou lá no cantinho. É um gol que guardo comigo até hoje." Da Costa conta ainda de uma curiosa aposta feita por Paulino Rocha na época. "Eu vou revelar coisa que pouca gente sabe. O Paulino Rocha desceu lá nos vestiários durante o intervalo e me disse: 'Da Costa, eu apostei com o Rolim (torcedor rival), e, se você fizer o gol da vitória, eu lhe dou o dinheiro todinho da aposta.' Pois ele me deu tudo… eram 3 mil cruzeiros, era muito dinheiro na época."
A partida, realizada em 3 de novembro, foi presenciada por um grande número de torcedores, que abarrotaram as arquibancadas do Presidente Vargas, cerca de 35 752 pagantes. Ceará: Hélio, Paulo Tavares, Odélio, Mauro Calixto, Dimas, Edmar, Joãozinho, Nado, Jorge Costa, Samuel e Da Costa. Santos: Joel Mendes, Turcão, Paulo, Altivo, Murias (Vicente), Léo, Pitico, Roberto Carlos, Afonsinho (Edu), Pelé e Ferreira.
O Ceará volta a vencer o campeonato cearense em 1975, o primeiro dos quatro títulos consecutivos sobre o maior rival. Na sequência veio a conquista dos campeonatos de 1976, 1977 e 1978, onde neste último, o título histórico aconteceu no dia 28 de dezembro com vitória por 1 x 0, gol de Tiquinho diante de 47.340 torcedores, confirmando tetracampeonato cearense.
Pelo Campeonato Brasileiro, o Vovô esteve em todas as edições do Brasileirão na década, tendo como melhor colocação o 13° lugar em 1972.
A década começa com um bicampeonato cearense em 1980 e 1981 sobre o Ferroviário. Depois de ficar fora das finais de 1983, o Ceará volta a ganhar o estadual em 1984. Nos anos 80 ainda venceria os campeonatos cearenses de 1986 e 1989.
Já no Campeonato Brasileiro, a equipe do Ceará disputou a Série B pela primeira vez em 1981. Jogou a segundona ainda em 1983, 1984, 1988 e 1989. Após retornar à Serie A em 1983, foi em 1985, que o Alvinegro de Porangabuçu fez sua melhor campanha na década com um ótimo 7° lugar.