Diário Ao-Vivo

Brasil - Série C 04/20 20:00 1 Remo vs Volta Redonda - View
Brasil - Série C 04/27 22:30 2 Athletic Club MG vs Clube do Remo - View
Brasil - Série C 05/05 19:30 3 Botafogo PB vs Clube do Remo - View
Brasil - Série C 05/12 18:00 4 Clube do Remo vs Floresta EC - View
Brasil - Série C 05/19 19:30 5 Clube do Remo vs Tombense - View
Brasil - Série C 05/25 20:00 6 Náutico vs Clube do Remo - View

Resultados

Brasil - Campeonato Paraense 04/14 20:00 1 [1] Paysandu v Clube do Remo [3] D 1-1
Brasil - Copa Verde 04/10 23:00 2 Clube do Remo v Paysandu L 4-5
Brasil - Campeonato Paraense 04/07 20:00 1 [3] Clube do Remo v Paysandu [1] L 0-2
Brasil - Copa Verde 04/03 23:00 2 Paysandu v Clube do Remo D 0-0
Brasil - Campeonato Paraense 03/31 20:00 2 [3] Clube do Remo v Tuna Luso [2] W 2-0
Brasil - Campeonato Paraense 03/28 23:00 2 [2] Tuna Luso v Clube do Remo [3] W 1-2
Brasil - Copa Verde 03/23 21:00 3 Amazonas FC v Clube do Remo D 2-2
Brasil - Copa Verde 03/20 23:00 3 Clube do Remo v Amazonas FC W 2-1
Brasil - Campeonato Paraense 03/16 20:00 3 [3] Clube do Remo v Santa Rosa PA [6] W 2-0
Brasil - Campeonato Paraense 03/10 19:30 3 [6] Santa Rosa PA v Clube do Remo [3] W 0-3
Brasil - Copa Verde 03/07 23:00 8 Clube do Remo v Trem DC W 3-1
Brasil - Campeonato Paraense 03/03 18:30 8 Bragantino PA v Clube do Remo L 1-0

Estat.

 TotalCasaVisitante
Partidas disputadas 43 21 22
Wins 17 12 5
Draws 14 4 10
Losses 12 5 7
Goals for 56 38 18
Goals against 38 20 18
Clean sheets 16 7 9
Failed to score 12 2 10

Wikipedia - Clube do Remo

Clube do Remo ou simplesmente Remo, é um clube esportivo brasileiro de Belém, fundado em 5 de fevereiro de 1905 como Grupo do Remo, por dissidentes do Sport Club do Pará. Interrompeu as suas atividades em 1908 até ser reorganizado em 15 de agosto de 1911. Em 1914 foi rebatizado para o seu nome atual.

O Remo é chamado popularmente de Leão Azul, apelido que faz referência à mascote e à cor oficial da agremiação, o azul-marinho. É proprietário do Baenão e também manda seus jogos no Mangueirão. Seu maior adversário é o Paysandu, cujo clássico Re-Pa é tido como uma das maiores rivalidades do futebol brasileiro e o clássico mais jogado do futebol mundial, disputando também o Clássico Re-Tu, contra a Tuna Luso. Em ambos, o Remo possui a vantagem em número de vitórias, gols marcados e decisões de títulos, bem como a maioria dos torcedores.

Entre as equipes do Norte brasileiro é uma das mais populares, apresentando uma das maiores torcidas da região. Em 2005, foi recordista de público entre todas as séries do Campeonato Brasileiro de Futebol com uma média de 30.869 torcedores por jogo. O Remo frequentemente aparece entre as maiores médias de público do Brasil. No futebol profissional o Remo possui inúmeras conquistas oficiais, evidenciando 47 títulos estaduais, uma Copa Verde (2021) e um Campeonato Brasileiro da Série C (2005). O clube ainda destaca entre suas principais conquistas outros títulos de cunho regional, como um Campeonato Norte-Nordeste (1971) e três Taças Norte (1968, 1969 e 1971). Dentro do estado, o Leão detém feitos únicos como o heptacampeonato de 1913 a 1919, a histórica hegemonia na Década de 1990 (oito títulos em dez anos, incluindo-se um penta) e o título profissional com 100% de aproveitamento em 2004.

Em participações na primeira divisão do Brasileiro, o Remo esteve em 16 edições da Série A (2 na época da Taça Brasil e 14 a partir de 1971). Também disputou 21 vezes a Série B do Brasileiro. Na Copa do Brasil, foram 29 aparições. Suas campanhas mais destacadas foram a sétima colocação no Campeonato Brasileiro de 1993 e a semifinal na Copa do Brasil de 1991 - estes resultados representam o melhor desempenho de um time nortista na história de ambas competições. Seu retrospecto em competições oficiais inclui ainda dois vice-campeonatos do Campeonato Brasileiro Série B, dois do Torneio Norte–Nordeste, dois da Copa Verde e um da Copa Norte.

Nos esportes olímpicos, o Leão detém resultados expressivos. No remo, seu esporte de origem, é o maior campeão náutico do Pará; na natação, já contou com diversos atletas campeões brasileiros, sul-americanos e até mundiais; no basquete, conquistou a Copa Brasil Norte de 2002 e está entre os maiores vencedores do estado, além de ser único heptacampeão paraense; no vôlei, detém as melhores participações de uma equipe paraense na Liga Nacional; e no futsal, venceu a Taça Brasil de Futsal Sub-17 de 2012.

History

Fundação

Placa dos fundadores do Clube do Remo exposta na sede social.

Belém, no início do século XX, vivia um momento próspero. A Amazônia como um todo estava em evidência devido ao ciclo da borracha e a capital paraense era o símbolo maior da riqueza e transformações socioculturais ocorridas na região, caracterizando a sua Belle Époque, refletidas nas diversas reformas de modernização instauradas pelo prefeito Antônio Lemos. Belém chegou a ficar conhecida como a “Paris n’América” ou “Paris Tropical”.

Foi nesse contexto que o esporte começou a se desenvolver, com destaque para o remo, cuja disputa atraía um acentuado número de adeptos às margens da baía do Guajará. Era o início do surgimento de diversas equipes, dentre elas estava o Sport Club do Pará, uma das potências náuticas da época. A partir de então começaria uma grande história.

No ano de 1905, uma série de desentendimentos entre os integrantes do Sport Club do Pará, momentos antes da realização de uma regata, decretou a saída dos atletas Victor Engelhard, Raul Engelhard, José Henrique Danin, Eduardo Cruz, Vasco Abreu, Eugênio Soares e Narciso Borges. Os sete rapazes logo tiveram a ideia de criar uma nova agremiação, onde pudessem praticar as suas atividades.

Aos poucos, o pequeno grupo contou com o apoio de outros desportistas para alcançar o seu objetivo. No dia 5 de fevereiro de 1905 fundou-se o Grupo do Remo. O nome havia sido sugerido por Raul Engelhard, entretanto foi inicialmente contrariado. Sobre o fato, explica o Sr. José Henrique Danin:

– Batemos cabeça pensando que nome daríamos ao clube, ou melhor, ao grupo. Foi quando Raul Engelhard que estudara na Europa, sugeriu - Grupo do Remo

– Não vai ficar muito bem – advertiu um. E logo outro concordou. Naquele tempo, remo lembrava logo catraia, e poderiam pensar que éramos um clube de catraieiros. Raul Engelhard explicou, porém, a sugestão. Lembrara-se de um clube europeu – o Rowing Club, Inglaterra. E assim nos convenceu. Ficou o nome Grupo do Remo.

José Henrique Danin.
Primeiros atletas de regatas do Clube do Remo, em 1905

A nova agremiação teve a sua existência legal consolidada com a publicação de seu estatuto social no Diário Oficial do Estado, ano XV, nº 4049, de 9 de junho de 1905 (sexta-feira). No documento, também estavam inseridos os nomes dos 20 fundadores: José Henrique Danin, Raul Engelhard, Roberto Figueiredo, Antonio La Roque Andrade, Victor Engelhard, Raimundo Oliveira da Paz, Antonio Borges, Arnaldo R. de Andrade, Manoel C. Pereira de Souza, Ernestino Almeida, Alfredo Vale, José D. Gomes de Castro, José Maria Pinheiro, Luiz Rebelo de Andrade, Manoel José Tavares, Basílio Paes, Palmério Pinto, Eurico Pacheco Borges, Narciso F. Borges (primeiro presidente do clube) e Heliodoro de Brito.

A data de 15 de agosto marcou a inauguração oficial do novo clube, como forma de prestar homenagem à adesão do Pará à Independência do Brasil. No dia 1 de outubro, o Grupo do Remo inaugurou a sua sede, localizada à Rua Siqueira Mendes, com fundos para a baía do Guajará. A sede fora alugada junto à Intendência Municipal. Na mesma ocasião foi efetuado o batismo e o lançamento ao mar da primeira embarcação, uma baleeira denominada “Tibiriçá”.

Em 1907, a garagem náutica azulina passou a funcionar na atual Boulevard Castilho França. Nesse momento, o clube já possuía nove embarcações, entre elas um out-riggers a 4 remos e um out-riggers a 2 remos importados da Alemanha.

Extinção e reorganização

Sede Náutica do Clube do Remo, localizada no Largo da Sé em Belém, Cidade Velha (Belém).

No ano de 1908, o Grupo do Remo não conseguiu renovar o contrato de aluguel de sua sede junto à Intendência Municipal. A situação forçou alguns de seus associados a realizarem um acordo secreto com integrantes do Sport Club do Pará, abrindo procedentes para um recurso.

Diante de uma severa crise, a Assembleia Geral se reuniu em 14 de fevereiro e o desembargador Alfredo Barradas decretou a extinção do Grupo do Remo. Uma pequena parcela não concordou com a decisão, tomando como medida o sequestro dos barcos pertencentes à agremiação para que não caíssem em “mãos erradas”. As embarcações foram levadas a um galpão no terminal de inflamáveis de Miramar, cujo proprietário era Francisco Xavier Pinto, onde ficaram escondidas.

Os rapazes passaram então a se encontrar frequentemente no Café Manduca, um tradicional ponto de bate-papo de Belém, a fim de tratar dos assuntos referentes à reestruturação do Grupo do Remo. No mês de julho de 1910, tiveram conhecimento de que o contrato de aluguel da antiga sede com um estabelecimento comercial havia terminando e de que, finalmente, poderiam readquirí-la.

Cordão dos Onze, reorganizadores do Grupo do Remo em 1911.

No dia 15 de agosto de 1911, os onze azulinos navegaram em três embarcações – duas cedidas pela Liga Marítima Brasileira e uma da Mr. Kup, chefe do tráfego da extinta Port of Pará – à Miramar para rebocar todo o material que estava ali depositado, chegando ao destino em torno das 8h da manhã. Às 7h da noite partiram com todo o patrimônio para a sede. Esse ato concretizou a famosa reorganização do Grupo do Remo.

Oscar Saltão, Antonico Silva, Rubilar, Jaime Lima, Cândido Jucá, Harley Collet, Nertan Collet, Severino Poggy, Mário Araújo, Palmério Pinto e Elzeman Magalhães foram os heróis que tornaram possível o sonho de renascimento da antiga agremiação, entrando para a história do clube como o célebre Cordão dos Onze. Até hoje, a data de 15 de agosto é festejada tal qual o aniversário de fundação do clube (5 de fevereiro). No dia 16 de novembro, o Grupo do Remo conquistou o título de campeão paraense náutico, o primeiro de muitos que estavam por vir.

Em uma sessão ordinária, realizada em 29 de dezembro de 1911, o Sr. Ojscar Saltão propôs a readaptação do nome para "Club do Remo" – obedecendo à grafia da época –, porém necessitava da aprovação do conselho. Em 7 de agosto de 1914, a Assembleia Geral analisou os argumentos e aprovou a proposta de Saltão, sendo a mudança anunciada oficialmente pelo presidente Nilo Penna.

Início no futebol

No Pará, há indícios de que o futebol começou a ser praticado em fins do século XIX, com relatos de partidas disputadas desde 1892. Entretanto, foi a partir do ano de 1900 que alguns desportistas iniciaram o desenvolvimento do esporte, com a realização de jogos. Em 1906, ocorreu a primeira tentativa de se organizar uma competição futebolística, mas não vingou.

No mês de agosto de 1908 funda-se a Liga Paraense de Foot-Ball que pôs em prática o primeiro Campeonato Paraense da história, vencido pelo União Sportiva. Dois anos mais tarde, em 1910, uma segunda edição foi realizada e o União sagrou-se novamente vencedor.

Dessa forma, o futebol começava a ganhar espaço na sociedade paraense, com a adesão de várias equipes. Em 1913, é a vez do Grupo do Remo implantar o futebol no seu quadro esportivo, contando com os concursos de atletas vindos de outros clubes, dentre eles o próprio União Sportiva, até então bicampeão paraense, e o Sport Club do Pará, vice-campeão em 1908. Dessa forma, o Grupo do Remo montava o seu time com os melhores jogadores que havia na época.

A primeira partida foi disputada em 21 de abril de 1913, em homenagem ao feriado nacional a Tiradentes, e teve como palco o campo da Praça Floriano Peixoto, em São Braz – onde já se realizavam jogos há vários anos. O adversário era o Guarany Futebol Clube, com quem o Remo empatou em 0 a 0. A primeira formação azulina foi assim constituída: Bernardino; Valrreman e Eurico; Dudu, Aimeé e Mamede; Galdino, Mário, Antonico, Dudu 2º e Rubilar.

No dia 13 de maio, em meio às celebrações da abolição da escravatura no Brasil, as duas equipes voltaram a se enfrentar, no mesmo lugar, mas dessa vez os azulinos fizeram grande atuação e golearam por 4 a 1. Coube ao atacante Rubilar, um dos reorganizadores de 1911, marcar o primeiro gol remista da história. Nesse ano, o Remo, representado por Galdino Araújo e Adolpho Silva, participou da fundação da Liga Paraense de Foot-Ball, criada com o objetivo de reorganizar o futebol no estado que estava há três anos sem disputa de campeonato. A entidade solicitou ao intendente municipal (espécie de prefeito da época), Dr. Dionysio Bentes, um local adequado para a realização dos jogos, cujas medidas deviam ter 200 metros de comprimento por 90 metros de largura, sendo agraciada com a já utilizada área da Praça Floriano Peixoto.

A estreia do Grupo do Remo na competição se deu no dia 14 de julho e o time azulino já mostrou a sua força, goleando o União Sportiva por 4 a 1, sendo escalado da seguinte forma: Bernadinho; Galdino e Lulu; Carlito, Aimée e Chermont; Rubilar, Antonico, Nahon, Infante e Dudu. Em seu primeiro Campeonato Paraense, o Remo sagrou-se campeão invicto com quatro vitórias e um empate em cinco jogos.

Pelo título, o Remo recebeu uma bela taça importada da Alemanha pela firma Krause, Irmãos e Cia. A taça tinha 60 centímetros de altura, peso de 700 gramas e descansava sobre um pedestal de cedro com uma placa onde se lia: “LIGA PARAENSE DE FOOT-BALL – CAMPEONATO DE 1913”, repousando num estojo de veludo roxo. O troféu foi entregue ao Grupo do Remo pelo Dr. Gama Malcher, presidente da Liga, no dia 20 de fevereiro de 1914.

Após o seu primeiro triunfo, o Remo não parou mais e conquistou os seis títulos seguintes, sagrando-se heptacampeão paraense. Nas estatísticas do hepta, os azulinos disputaram 51 jogos entre 1913 e 1919, obtendo 43 vitórias, seis empates e somente uma única derrota, esta para o União Sportiva, em 1916, por 2 a 1, mas revidada com um sonoro 7 a 0 no mesmo ano. Soma-se ainda uma partida de resultado desconhecido, contra o Panther, em 1914. Dessa forma, seis dos sete títulos do excrete azulino tiveram campanhas invictas, com uma ressalva: o campeonato de 1919 foi conquistado com 100% de aproveitamento (o primeiro da história).

Os maiores nomes desse feito inigualável são o defensor Lulu e o atacante Rubilar, os únicos a estarem presentes em todos os certames, além do goleiro Francelísio, campeão em 1918 e 1919 e que participaria de conquistas posteriores. Em 3 de maio de 1923, veio o tetracampeonato no Torneio Início, considerado de grande credibilidade na época.

Em 1924, o já Clube do Remo conquistou o seu oitavo título estadual, arrebatando ainda os campeonatos de 1925 e 1926, tornando-se tricampeão. Na década de 1930, mais três títulos estaduais (1930, 1933 e 1936) aumentaram a galeria azulina. Nesse período, os maiores destaques eram: Evandro Almeida, que dedicou toda a sua vida ao Clube do Remo, ganhando assim a honra de nomear o Baenão; Barradas, Samico, Osvaldo Trindade, Vavá, Evandro do Carmo, Saboía, e Capí e a famosa dupla de atacantes pela esquerda, Capí e Vevé, sendo que este último jogou pelo Flamengo-RJ.

Nos anos 40, os grandes nomes são o zagueiro Coelho, Poeira, Bendelaque, Sabóia e o goleiro Orlando Brito. O Campeonato Paraense de 1940 foi o último título no ciclo amadorista, que teve seu fim em 1945, marco do profissionalismo do futebol no estado, quando foram feitos os primeiros contratos entre os clubes e seus jogadores.

Profissionalismo

Nos anos 40, o Clube do Remo deu início à importação dos jogadores. Em 1945 trouxe três jogadores: Manolo, Jambo e Arquimedes. Estes foram os três primeiros atletas registrados como profissionais no futebol paraense. Este foi o marco do profissionalismo no estado, no qual os clubes passaram a remunerar os seus atletas, seguindo uma tendência que começou oficialmente no Brasil em 1933, pelo estado de São Paulo.

Após um jejum de nove anos sem títulos estaduais – o maior em toda a história do clube – o Clube do Remo sagrou-se supercampeão paraense de futebol em 1949, ao golear o Paysandu na grande final por 4 a 1 em pleno estádio da Curuzu no dia 8 de janeiro de 1950. A campanha azulina registrou 10 partidas, com oito vitórias, um empate, uma derrota, 28 gols marcados e nove gols sofridos. Mantendo a base campeã, o Leão Azul conquistou o bicampeonato paraense em 1950.

Excursão à Venezuela
Ver artigo principal: Torneio Internacional de Caracas de 1950

No mês de janeiro de 1950 o Clube do Remo realizou uma excursão à Venezuela a convite da federação de futebol daquele país para a disputa do Torneio Internacional de Caracas de 1950, que, segundo algumas publicações, poderia ter sido o precursor da Pequena Taça do Mundo, disputada entre as décadas de 1950 e 1960.

O Remo sagrou-se campeão realizando cinco jogos, obtendo quatro vitórias (La Salle Fútbol Club, Unión Sport Club, Escola Militar e Deportivo Italia) e apenas uma derrota, esta para o Loyola Sport Club, considerando a maior força do futebol venezuelano na época. O Ministro de Obras Públicas da Venezuela, Gerardo Sansón, entregou uma bela taça ao Leão.

Mesmo de extrema importância esportiva, o torneio não é considerado oficial pela CONMEBOL. Dessa forma, o Remo busca o reconhecimento do título. Em seu site oficial, a CONMEBOL dedica uma parte aos clubes centenários com grande relevância para o futebol sul-americano e o Clube do Remo é um dos homenageados.

Década de 1950

Vice-campeão em 1951, o Remo voltaria a conquistar o título estadual nos anos de 1952 (invicto), 1953 e 1954. Nessa década, estourava no Brasil a música “Paraíba Masculina”, de Luiz Gonzaga. Estimulado com a conquista do tricampeonato, o carioca Pery Augusto, editor do jornal Flash estampou, logo na primeira página, a seguinte manchete: “Remo, time macho, sim senhor!”. A expressão ficou famosa entre os torcedores que passaram a ecoar uma adaptação do cântico nos jogos: “Re-mo, Re-mo, time macho, sim senhor”.

Cinquentenário

No ano de 1955, em razão à comemoração do 50º aniversário de fundação do clube, o Leão trouxe a Belém o Beogradisk Sport Klub, de Belgrado (Iugoslávia), para uma série de três jogos contra os três grandes do futebol paraense. A partida contra o Clube do Remo ocorreu no dia 13 de fevereiro e terminou com um empate de 2 a 2.

Duplo Campeão

Após o tri de 1952, 1953 e 1954, o Remo só comemoraria outro título em 1960. Essa edição do campeonato demorou a terminar. A competição se iniciou no mês de maio, mas se prolongou até junho do ano seguinte. O próprio regulamento já proporcionava a disputa de um campeonato longo, porém uma decisão judicial agravou a situação.

Inicialmente, o Remo havia sido declarado campeão paraense ao derrotar o Avante, de Salvaterra (na época, distrito de Soure), em 19 de fevereiro de 1961, conquistando o 2º turno. Como havia vencido o 1º turno de forma invicta, automaticamente o Leão ficou com o título estadual.

Entretanto, o Paysandu entrou com um recurso no Tribunal de Justiça Desportiva, pedindo que fosse anulada a derrota de 3 a 1 para o Salvador Atlético Belenenses, ocorrida em 29 de outubro de 1960, alegando que o adversário teria utilizado o jogador Dalmério Muniz da Luz irregularmente. O Belenenses foi multado em CR$ 1.000,00, além de perder dois pontos. Essa medida deixou o Paysandu com três pontos perdidos (antes eram cinco), ao lado de Clube do Remo e Avante, forçando uma nova disputa pelo 2º turno. O time bicolor foi campeão ao ganhar do Remo por 2 a 0 e do Avante por 4 a 1.

Dessa forma, Remo e Paysandu, vencedores do 1º e 2º turno, respectivamente, decidiram que ficaria com o título do campeonato em definitivo. Após empatarem em 2 a 2, na Curuzu, no dia 1 de junho de 1961, o Filho da Glória e do Triunfo derrotou o seu rival por 1 a 0, gol de Wálter, no Souza, três dias depois e a torcida azulina comemorou novamente a conquista do troféu estadual. A mídia esportiva destacou o fato: “Remo, Duplo Campeão”.

Década de 1960

O título de 1960 classificou o Remo para a Taça Brasil de 1961, organizada pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD). Eliminando o Moto Club-MA, o Leão Azul chegou às semifinais da Zona Norte, mas parou na forte equipe do Fortaleza-CE. No geral, o Remo terminou na oitava posição entre 18 clubes participantes, a melhor campanha de um time do Norte no antigo formato do Campeonato Brasileiro.

Passado um período sem conquista, o Remo voltaria a sagrar-se campeão paraense no ano de 1964. A trajetória, porém, foi marcada difícil e marcada por um “desastre” ainda no 1º turno. No dia 20 de setembro, o Remo perdeu por 2 a 1 para o Liberato de Castro, o pior time do certame. Essa derrota provocou revolta na torcida, a queda do técnico Quiba - craque azulino nos anos 50 - e a renúncia de toda a diretoria, em 24 de setembro. Foi formada uma Junta Governativa, composta por Arlindo Miranda, Raul Valdez e Raimundo Farah, que permaneceu até o dia 30 de outubro, quando foi eleita a nova diretoria e o novo presidente, Rainero Maroja.

Nesse período, o Remo jogou os dois últimos jogos do 1º turno sob o comando de Sávio Ferreira, obtendo um empate com o Júlio César e uma derrota para o Paysandu. A nova diretoria trouxe o técnico Antoninho, famoso pelo trabalho nas categorias de base do Fluminense-RJ. A partir daí, o Remo não perdeu mais nenhum jogo, conquistando o 2º turno com quatro vitórias e derrotando a Tuna Luso Comercial na grande decisão do campeonato.

Como campeão, o Leão Azul disputou a sua segunda e última Taça Brasil, em 1965. Dessa vez, o Remo eliminou o Nacional-AM e o Sampaio Corrêa-MA, mas não conseguiu passar pelo Náutico-PE. Na classificação geral, ficou em nono colocado.

Em 1968, o Filho da Glória e do Triunfo ganhou o 10º título estadual invicto da sua história. Sob o comando de Danilo Alvim e com destacadas atuações da dupla de ataque Amoroso e Robilotta, o Remo não deu chances aos seus adversários. Foram nove vitórias em 10 jogos, sendo que o único empate foi justamente o resultado que sacramentou o título azulino: 2 a 2 contra o Paysandu em plena Curuzu, na data de 14 de julho de 1968.

No final do ano, a CBD pôs em disputa o Torneio do Norte, a fase regional Norte do Torneio Norte–Nordeste, cujo título era previsto no regulamento oficial da competição. O Remo tomou parte juntamente com times do Pará, Amazonas, Maranhão e Piauí, sendo que estes dois últimos estados faziam parte do chamado Meio-Norte. Foram formados dois grupos com quatro clubes, nos quais os dois mais bem colocados de cada grupo se enfrentariam nas semifinais, obedecendo ao seguinte cruzamento: 1º do G1 x 1º do G2 e 2º do G1 x 2º do G2.

Concluída a primeira fase e definidos os confrontos, o Remo desbancou o Nacional e chegou à decisão contra o Piauí que eliminou o Paysandu com duas vitórias.

A grande final ficou marcada por duas goleadas: Piauí 5 x 1 Remo, em Teresina (PI) e Remo 4 x 1 Piauí, em Belém. Estes resultados forçaram a realização de uma terceira partida, disputada na capital paraense no dia 14 de fevereiro de 1969, mas com vantagem do empate para o time piauiense. Porém, com gols de Adinamar, o Leão venceu o “Enxuga Rato” por 2 a 1 e confirmou o título do torneio, muito festejado pela torcida azulina.

Sete meses depois desde a grande conquista, a CBD organizou a segunda edição do torneio. Diferente da anterior, esta possuía algumas mudanças, como a inclusão de outros times e a criação de subgrupos nos grupos iniciais. Assim, na primeira fase, o grupo 1 foi organizado em um subgrupo apenas com times piauienses e outro com maranhenses. Já no 2, os subgrupos eram formados por paraenses e amazonenses.

Os primeiros colocados de cada subgrupo se classificaram para o quadrangular final. Esses foram o Remo, o Nacional, o Flamengo (PI) e o Ferroviário (MA), que jogariam entre si em partidas de ida e volta. Ao final da competição, o Leão Azul somou mais pontos e, consequentemente, arrebatou o cetro de bicampeão do Torneio do Norte. A campanha azulina registrou 16 jogos, 11 vitórias, três empates, duas derrotas, 28 gols marcados e 11 gols sofridos.

Década de 1970

Logo no início da década, o Clube do Remo conquistou um dos títulos mais importantes da sua história: a Taça Norte–Nordeste de 1971, a fase regional Norte–Nordeste do Campeonato Brasileiro Série B de 1971, cujo título era previsto no 7° artigo do regulamento oficial da competição, emitido pela CBD. O Leão Azul já havia batido na trave duas vezes com os vices na competição antecessora: os Torneios Norte–Nordeste de 1968 e 1969.

Inicialmente, o Remo teve que passar pelo Torneio Seletivo Paraense, que contava também com as participações de Paysandu, Tuna Luso e Sport Belém. Em seguida, o adversário foi a Rodoviária-AM, na final da Taça Norte, a fase do torneio que evolvia apenas os clubes da região Norte, vencida pelo Leão com duas vitórias: 1 a 0 e 4 a 2.

A decisão inter-regional foi disputada contra o Itabaiana-SE, em duas partidas. A primeira ocorreu em Aracaju, no dia 5 de dezembro de 1971 e terminou empatada em 0 a 0. O resultado deixou os times em igualdade para a segunda e decisiva partida em Belém três dias depois.

No dia do jogo, mais de 10 mil pagantes compareceram ao estádio Evandro Almeida e presenciaram a vitória azulina por 2 a 0, gols marcados por Robilotta aos 15 e aos 37 minutos do segundo tempo. O Remo foi intitulado como o “1º Campeão Nacional do Norte e Nordeste”. A conquista deu direito ao Leão de disputar a final do 1º Campeonato Nacional de Clubes da 1ª Divisão (a Série B de 1971), do qual foi vice-campeão ao perder o título para o Villa Nova-MG.

Em 1972, a CBD convidou o Remo para a disputa do Campeonato Nacional de Clubes. O Leão foi o escolhido para representar o estado, pois, desde essa época, já detinha a maior torcida da região Norte, além de ser proprietário do único estádio capaz de receber públicos superiores a 20 mil pessoas, o Baenão, que havia passado por reformas para aumentar a sua capacidade. O Remo disputou um total de 25 partidas, sendo cinco vitórias, 15 empates e cinco derrotas, que o classificou com um honroso 17º lugar. O destaque da grande equipe azulina foi o lateral-direito Aranha, que recebeu a Bola de Prata, promoção da revista Placar que premia os melhores jogadores do campeonato por posição.

Alcino tricampeão Paraense em 1975

A década foi marcada ainda por dois tricampeonatos, os quais podem ser divididos em duas “eras” que levaram os nomes das maiores referências do Remo nessa época: os goleadores Alcino e Bira.

O primeiro tri veio com as conquistas invictas dos certames de 1973, 1974 (super-campeonato) e 1975. Nesse período, o Leão ficou 49 jogos sem perder, sendo 36 vitórias e 13 empates. Alcino foi o artilheiro nos em todas as edições, contribuindo para que caísse nas graças da torcida. Mas o Negão Motora, como era conhecido, não teria obtido tanto sucesso se não fosse a ajuda de craques como Dico, Rosemiro, Dutra, Cuca, Elias, Roberto, entre outros.

No Campeonato Brasileiro, o Remo realizou boa campanha, quase se classificando para a terceira fase. No dia 25 de outubro de 1975, o Leão fez história ao vencer o Flamengo (RJ), de Zico, por 2 a 1, gols de Alcino e Mesquita, na primeira vitória de um time paraense no Maracanã.

Alcino foi vendido para o Grêmio-RS em 1976. Posteriormente, Mais Querido atingiria duas marcas expressivas: 56 jogos invictos no Campeonato Paraense e 24 partidas sem derrota em Re-Pa's - a segunda maior invencibilidade no clássico. Porém, devido a acontecimentos extra-campo, o Leão Azul abriu mão do campeonato, deixando-o livre para o Paysandu. A revanche azulina veio no Brasileiro, quando o Leão goleou o seu rival por 5 a 2, em 7 de setembro de 1976, no maior público da história do Baenão (33.487 torcedores).

Para o lugar de Alcino o Remo trouxe o amapaense Bira para substituí-lo, que correspondeu à altura, se tornando uma peça importante na conquista de mais um três títulos estaduais em 1977, 1978 (invicto) e 1979. Ressalte-se que estes dois últimos foram os primeiros a serem conquistados no Mangueirão. Bira foi o artilheiro nos certames de 1978 e 1979, fazendo 25 e 32 gols, respectivamente, as maiores artilharias em uma edição de Campeonato Paraense da história.

O time-base azulino havia mudado, sem, no entanto, perder a qualidade técnica da primeira série de títulos, já que contava com jogadores do naipe de Édson Cimento (goleiro Bola de Prata em 1977), Luís Florêncio, Mego, Leônidas e Júlio César “Uri Gueller”. Sob o comando de Joubert Meira, esses jogadores realizaram uma brilhante campanha no Brasileiro de 1977, no qual o Remo por pouco não classificou-se para as semifinais.

Década de 1980

Na década de 1980, o Remo passou por um período de acúmulo de dívidas, que o deixaram um tempo longe das conquistas, e vendo seu rival o Paysandu ser campeão várias vezes. Ainda assim, o Leão conseguiu chegar à final da Taça de Prata, ou Taça CBF, de 1984, mas terminou como 2º colocado perdendo a final para o Uberlândia-MG.

  • 28 de março de 1984 - Estádio Municipal João Havelange - Uberlândia 1 x 0 Remo
  • 2 de abril de 1984 - Estádio Mangueirão - Remo 0 x 0 Uberlândia

A competição reuniu 32 clubes e foi disputada inteiramente no sistema mata-mata. Na primeira fase, o Remo passou pelo Rio Negro-AM; na segunda, pelo Maranhão; nas quartas, pelo Operário-MS e em seguida pelo Internacional de Santa Maria-RS, até chegar à grande decisão contra o Uberlândia. Apesar do vice-campeonato, o Leão obteve o acesso ao Brasileiro Série A de 1985.

Em 1986, o Remo deu fim ao jejum de seis anos sem títulos estaduais, com a conquista do Campeonato Paraense na administração do presidente Hamilton Guedes. O curioso é que o Leão não conseguiu dar a tradicional volta olímpica após vencer a Tuna no dia 17 de agosto, já que a FPF não havia levado a taça para o estádio Mangueirão.

O caso foi esclarecido no dia seguinte. O governador Jader Barbalho havia mandado o coronel Hércules, chefe da Casa Militar, adquirir o troféu, mas, por motivos desconhecidos, tal ato acabou não ocorrendo. O troféu foi então providenciado e a diretoria azulina pôde obtê-lo na sede da FPF. Apesar da conquista, as dívidas aumentaram e o Remo ainda sofreu o rebaixamento no Brasileirão de 1986.

Essa situação pressionou o novo presidente azulino, Ubirajara Salgado, a investir nas categorias de base do clube. Eis que surge em 1988, o Esquadrão Cabano, denominação dada pela mídia ao time remista composto por jovens valores do clube. A ousadia de Ubirajara somada à contratações pontuais, trouxe resultados a curto prazo. Em 1989, o Leão Azul dava partida para mais um tricampeonato paraense. Na Série B do mesmo ano, o Remo ficou em 3º lugar, sendo eliminado pela forte equipe do Brangantino-SP nas penalidades máximas, após péssima arbitragem de José Roberto Wright, em Bragança Paulista (SP). Era retorno das grandes campanhas nacionais.

Em 1990, o Leão sagrou-se bicampeão paraense e disputou pela primeira vez a Copa do Brasil, ficando na excelente sétima colocação.

Década de 1990

Os anos 90 marcaram um período glorioso na história do Clube do Remo, que manteve uma hegemonia regional e obteve façanhas a nível nacional. Esse período foi tão inesquecível para o torcedor azulino que foi denominado de “A Década de Ouro”.

Logo em 1991, o Clube de Periçá tomou parte da sua segunda Copa do Brasil no primeiro semestre. Inicialmente, o adversário azulino foi o Rio Branco-AC, eliminado com uma goleada de 4 a 1, no Baenão, após um 0 a 0 no primeiro confronto. Em seguida, o Leão passou pela equipe do Vasco da Gama, valendo-se do critério de gols marcados como visitante já que havia empatado as duas partidas (0 a 0 em Belém e 1 a 1 no Rio. Nas quartas-de-final, foi a vez do Vitória-BA sucumbir à força do elenco remista dentro de seus próprios domínios - tal qual o Vasco - ao empatar em 0 a 0 depois de perder o jogo de ida por 2 a 0. Infelizmente, nas semifinais o Leão não foi páreo para o Criciúma-SC de Luiz Felipe Scolari, que mais adiante ficaria com o título da competição. Ainda assim, a brilhante campanha realizada pelo Filho da Glória e do Triunfo nunca foi igualada por qualquer outro time do Norte na história da competição.

Ainda nesse ano, sob o comando de Valdemar Carabina, o Remo conquista mais um tricampeonato estadual (1989/1990/1991). Ressalte-se que tanto esse título quanto o de 1989 foram arrebatados com campanhas invictas. Unindo-se as três temporadas, o Leão disputou 68 jogos, vencendo 51, empatando 15 e perdendo somente dois deles.

A base do time tricampeão, que tinha nomes como Artur e Luciano Viana foi mantida para a disputa da Série B, disputada no primeiro semestre de 1992. Essa edição ficou marcada pela mudança no sistema de acesso implementado pela CBF, que beneficiaria 12 dos 32 times participantes, não havendo rebaixamento. O Remo aproveitou e realizou boa campanha, ficando no quinto lugar geral, conquistando, assim, a vaga para a Primeira Divisão de 1993. O acesso foi confirmado após a vitória de 2 a 1 sobre o Itaperuna-RJ, fora de casa, em 12 de abril. A volta dos jogadores a Belém foi muito festejada pelos torcedores.

Posteriormente, o Remo deixou escapar o tetracampeonato paraense, perdendo as finais para o Paysandu. A revanche veio em 1993, quando o Leão montou uma forte equipe e conquistou o título de forma invicta, sobre o maior rival. Vale destacar que nessa temporada, o Mangueirão estava em reformas. Remo e Paysandu disputaram os turnos em seus estádios. O Leão foi campeão do primeiro turno no Baenão e seria campeão do segundo na Curuzu, em gol assinalado por Biro Biro, mas a partida acabou suspensa e anulada devido a queda do muro do estádio bicolor pela torcida azulina. Posteriormente, o jogo foi remarcado no Mangueirão com restrição de público e o Leão sacramentou o título com gol de Agnaldo.

Na elite, o Leão caiu na chave C, onde disputou 14 jogos. Como havia vencido oito partidas e empatado uma, o Remo somou 17 pontos (uma vitória valia dois pontos) e ficou em segundo lugar no seu grupo. Na fase seguinte, foi disputado um mata-mata contra a Portuguesa-SP, que contava com o meia Dener. Na primeira partida, o Leão goleou por 5 a 2, abrindo grande vantagem para o próximo confronto. Em São Paulo, mesmo perdendo por 2 a 0 em um jogo marcado por diversos incidentes, o Filho da Glória e do Triunfo passou para a fase final. Ao término do campeonato, o Remo foi o sétimo colocado, a melhor colocação de um time nortista no Brasileirão em todos os tempos. O time azulino tinha como formação básica: Luís Carlos; Marcelo Silva, Belterra, Mário César e Guilherme; Agnaldo, Biro-Biro, Edson Boaro (Giovanni) e Dema (Tarcísio); Mauricinho (Alex Dias) e Ageu.

Na temporada de 1994, o Remo tornou-se o primeiro e único clube da região Norte a jogar na Europa, quando foi vice-campeão invicto do Torneio Internacional de Toulon, na França. Foram dois jogos: no primeiro, dia 24 de maio, o Remo passou da seleção de Bucareste (ROM) ao vencer nos pênaltis por 4 a 3, após empate de 1 a 1; na final, em novo empate de 1 a 1 contra o Toulon (FRA), os azulinos não tiveram a mesma sorte e perderam nas penalidades por 6 a 5.

Ainda em 1994, o Remo conquistaria o bicampeonato paraense, arrematando ainda os certames de 1995 (invicto) e 1996, até sacramentar em 1997 um dos seus maiores feitos: o pentacampeonato estadual, único da era profissional. A histórica conquista registrou 108 jogos, com 78 vitórias, 24 empates e apenas seis derrotas, com incríveis 250 gols marcados contra somente 51 sofridos. O último título veio com a vitória de 1 a 0 no Re-Pa disputado em 6 de junho de 1997.

O período do penta também compreendeu os inesquecíveis 33 jogos de invencibilidade do Clube do Remo sobre o seu maior rival. Foram 21 vitórias e 12 empates, entre 31 de janeiro de 1993 e 7 de junho de 1997, que proporcionaram o maior tabu em número de jogos dentre os principais clássicos do país.

No ano de 1999, o Remo arrebatou o seu último título paraense no século XX que garantiu a sua soberania no estado. Em dez anos de disputa, o Filho da Glória e do Triunfo levantou impressionantes oito troféus, marca nunca igualada no futebol paraense. A conquista derradeira se deu no dia 11 de julho daquele ano, quando o Leão venceu o Paysandu no jogo decisivo por 1 a 0, gol de Ailton, o Predestinado.

Em 2000, o Remo foi terceiro lugar do Módulo Amarelo da Copa João Havelange, ao superar o Paysandu no confronto que ficou conhecido como o "Re-Pa do Século", vencendo o primeiro jogo por 3 a 2, com hat-trick do atacante Robinho, e empatando o segundo em 1 a 1. Dessa forma, o Leão Azul conquistou o acesso para o Módulo Azul, no qual foi eliminado nas oitavas-de-final pelo Sport-PE. Conforme o regulamento da competição previa, o Mais Querido deveria disputar a Série A de 2001, porém, através de uma “virada-de-mesa”, a CBF o impediu, beneficiando o Botafogo-SP.

Década de 2000

Ver artigo principal: Série C de 2005.

No novo milênio, o Clube de Periçá voltaria a fazer uma boa campanha na Série B de 2003, terminando a fase inicial na terceira posição, atrás somente de Palmeiras-SP e Botafogo-RJ. Na fase seguinte o Mais Querido perdeu fôlego e não conseguiu o acesso, terminando a competição no quinto lugar geral (subiam duas equipes).

Em 2004, o Filho da Glória e do Triunfo sagrou-se bicampeão estadual. A conquista foi ainda mais especial por ter sido obtida com 100% de aproveitamento, feito inédito na história profissional do futebol paraense. O jogo que rendeu o título ocorreu no dia 4 de abril, um clássico contra o Paysandu em uma Mangueirão lotado com aproximadamente 50 mil pessoas. O Leão venceu por 2 a 0, gols de Gian e Rodrigo. Na Série B, o Remo fez péssima campanha e terminou rebaixado para a Terceira Divisão, ano de seu centenário.

Após perder o título estadual e ser eliminado da Copa do Brasil, o Remo estreou no grupo 3 do certame nacional no dia 31 de julho de 2005, empatando em 2 a 2 com o São Raimundo-RR, fora de casa. No reencontro com a torcida, dia 7 de julho mais de 26 mil pessoas empurraram o Leão na sua primeira vitória: 2 a 1 sobre o Abaeté-PA. Mais demonstrações como essa foram sendo observadas no decorrer da competição e o Leão terminou a primeira fase líder do seu grupo, que contou ainda com o São José-AP.

Na fase eliminatória, o Remo foi superando seus adversários um a um. No primeiro mata-mata, passou pelo Tocantinópolis-TO em um confronto inesquecível para a torcida azulina. Em seguida, foi a vez do conhecido Abaeté sucumbir ao Mais Querido, em duas belas e equilibradas partidas. Finalmente, o Remo passou pelo Nacional-AM antes de chegar à fase final.

Foi então formado um quadrangular juntamente com Novo Hamburgo-RS, América-RN e Ipatinga-MG. Após cinco jogos, o Remo chegou à rodada final, dia 20 de novembro, precisando vencer os gaúchos para garantir o acesso. E ela veio por intermédio de Maurílio e Capitão, autores dos tentos que deram a vitória ao Clube do Remo por 2 a 1. Luís Gustavo diminuiu para o Novo Hamburgo. No outro jogo da rodada, mineiros e potiguares empataram em 0 a 0, em Minas Gerais. Este resultado proporcionou, além do acesso para a Série B de 2006, o primeiro título nacional do Filho da Glória e do Triunfo.

Na Segundona, após um primeiro turno pífio, o Remo se recuperou na segunda metade do campeonato e ficou na 12ª posição, se livrando do rebaixamento na penúltima rodada com uma goleada de 3 a 0 sobre o São Raimundo-AM, no Baenão lotado. No ano seguinte, mesmo sendo campeão paraense, o Leão não teve a mesma sorte e terminou rebaixado novamente para a Série C.

Assim como em 2007, o Remo iniciou o Campeonato Paraense de 2008 muito mal, tanto que ficou somente em sétimo lugar no primeiro turno. Entretanto, os azulinos realizaram campanha impecável no returno e chegaram à final contra o Águia de Marabá. No dia 29 de junho, o Leão venceu por 2 a 1 e tornou-se bicampeão paraense. Nacionalmente, mais um insucesso: o Remo foi eliminado na segunda fase da Série C, ocupando a 28ª colocação na classificação geral. Dessa forma, teria que disputar a vaga para a recém-criada Série D, na temporada seguinte, através do estadual. A partir daí iniciava o pior momento da história azulina.

Em 2009, o Remo não conseguiu se classificar para a Quarta Divisão, cabendo ao São Raimundo-PA representar o futebol paraense – mais tarde, a equipe santarena seria consagrada com o inédito título. Já em 2010, o Remo conquistou a vaga na condição de terceiro colocado do Parazão, mas foi eliminado nas oitavas-de-final pelo Vila Aurora-MT.

Década de 2010

A luta azulina no certame estadual continuava. Na temporada de 2011, novamente o Remo ficou sem série, sendo eliminado pelo Independente-PA. Em 2012, chegou à final do Campeonato Paraense, mas deixou escapar o título para o Cametá. Entretanto, a equipe cametaense desistiu de disputar a Série D alegando problemas financeiros e o Remo herdou a vaga. Porém, assim como dois anos antes, o Leão parou de novo nas oitavas para outra equipe mato-grossense, o Mixto. Em 2013, voltou a ficar de fora da disputa nacional, dando lugar dessa vez para o Paragominas-PA.

Para o ano de 2014, o Remo fez pesados investimentos, tanto é que montou um plantel cuja folha salarial beirava os R$ 550 mil, alta para os padrões do futebol paraense. Dentro de campo, entretanto, o time não empolgava em parte pela atuação do técnico Charles Guerreiro, alvo de críticas da torcida. Ainda assim, foi campeão da primeiro turno. Todavia, a eliminação fatídica na Copa do Brasil derrubou Guerreiro e em seu lugar assumiu interinamente Agnaldo de Jesus, ídolo do Clube do Remo nos anos 90 e técnico do título 100% de 2004, justamente nas semifinais da Copa Verde no qual acabou sendo eliminado pelo rival Paysandu. Novo revés na competição regional forçou a contratação de Roberto Fernandes, que comandou o time azulino até o título do Campeonato Paraense após seis anos. Na Série D, o filme se repetiu: outra vez nas oitavas, o Remo não passou do Brasiliense-DF.

2015 - Remo conquista o tão esperado acesso

O ano começou de forma desastrosa para o Remo, perdendo as duas primeiras partidas do Campeonato Paraense. O Leão não conseguiu se recuperar e acabou sendo eliminado precocemente no 1º turno, com apenas quatro pontos conquistados. Essa situação obrigava o Clube de Periçá a ganhar o 2º turno se ainda quisesse conquistar a vaga para a Série D do Campeonato Brasileiro. Ainda assim, o Remo não empolgava. Após a derrota para o rival Paysandu, no dia 29 de março, o treinador Zé Teodoro foi demitido a para o seu lugar foi contratado o técnico Cacaio.

A partir de então, a situação azulina passaria a mudar. Sob os comandos do novo treinador, o Mais Querido conseguiu se classificar para a finais da Taça Estado do Pará e vender caro a eliminação para o Atlético-PR, nos pênaltis, na Copa do Brasil. Na Copa Verde, uma virada emocionante sobre o Paysandu, nas semifinais, ficou marcada: o Remo ganhou o rival no tempo normal por 2 a 0, devolvendo o placar da primeira partida, e garantiu a vaga na grande decisão nos pênaltis. Na final do 2º turno, nova vitória sobre os bicolores deu o título ao Leão e o direito de disputar a Taça Açaí contra o Independente.

O Remo teria pela frente duas decisões. A primeira era válida pelo jogo de ida da final da Copa Verde, no dia 30 de abril. O Leão venceu a equipe do Cuiabá por 4 a 1 e deu grande passo para o título. Em 3 de maio, os azulinos venceram o Independente por 2 a 0 e sagraram-se bicampeões paraenses, conquistando também a vaga para a Série D. Infelizmente, quatro dias depois o inesperado aconteceu: irreconhecível dentro de campo, o Clube do Remo acabou goleado por 5 a 1 diante do Cuiabá e ficou com o vice-campeonato da competição.

No segundo semestre, o Remo iniciou a sua caminhada rumo à Série C. O Leão integrou o grupo A1, ao lado de Nacional-AM, Rio Branco-AC, Vilhena-RO e Náutico-RR. Mesmo tendo que cumprir uma punição - três jogos de suspensão a serem realizados em Paragominas (PA) - o Remo terminou a primeira fase da Série D como líder do seu grupo. No primeiro mata-mata, o Mais Querido bateu a equipe do Palmas-TO e decidiria o acesso contra o Operário-PR.

O primeiro jogo foi realizado em 10 de outubro, véspera de Círio, em Ponta Grossa (PR). O Leão venceu por 1 a 0 e ganhou uma grande vantagem para a partida de volta, no Mangueirão, dia 18. Na tão aguardada data, mais de 33 mil azulinos lotaram o Colosso do Benguí e vibraram com a vitória de 3 a 1 do Filho da Glória e do Triunfo sobre o adversário. O Leão, finalmente, estava de volta para a Série C. Nas semifinais, o Leão acabou eliminado pelo Botafogo-SP, mas nada que tirasse o brilho da excelente campanha azulina na competição.

2016 a 2019 - Tentativas frustradas

Em 2016 o Remo chegou as finais do primeiro turno do Parazão, mas foi derrotado pelo seu arquirival Paysandu. No segundo turno, o clube fez uma campanha fraca e acabou de fora das semifinais e, consequentemente, das finais do estadual. Ainda no primeiro semestre, desclassificou-se nas semifinais da Copa Verde para o Paysandu e na primeira fase da Copa do Brasil para o Vasco-RJ. Em maio, iniciou a campanha da Série C 2016, com o slogam "Como Em 2005", ano em que o Leão se sagrou campeão brasileiro da Terceira Divisão, porém o clube não conseguiu repetir o mesmo sucesso e terminiu a primeira fase em 5° colocado do grupo A, sendo que somente os quatro primeiros colocados se classificariam para a fase final.

Em 2017, o Remo ficou com o vice-campeonato paraense diante do Paysandu. Na Série C, novamente terminou na primeira fase da competição. Em 2018, deu o troco no rival e reconquistou o título estadual, vencendo todos os quatro Re-Pa's do certame, inclusive na grande final C. Na Terceira Divisão, porém, o Remo chegou a flertar com o rebaixamento para a Série D, mas conseguiu uma arrancada durante o returno da primeira fase e garantiu a sua permanência na Série C. Em ambas as temporadas, o Leão não fez boas campanhas na Copa Verde e na Copa do Brasil.

No ano de 2019 veio o bicampeonato estadual, conquistado sobre o Independente, de Tucuruí. Na disputa da Série C, o Remo integrou o grupo B, tradicionalmente reservada aos times das regiões Sul e Sudeste do país, mas que dessa vez contaria com os representantes do Norte - Atlético-AC e Paysandu. Sob o comando do técnico Márcio Fernandes, o Mais Querido chegou a realizar uma bela campanha no primeiro turno da primeira fase, sendo a última equipe do campeonato a perder a invencibilidade. Todavia, caiu de rendimento no segundo turno, acabando por ser eliminado na última rodada da primeira fase, em empate de 1 a 1 com o Paysandu. Na Copa Verde, cuja edição foi disputada ao final do ano, o Remo foi semifinalista.

2020 - O retorno à Série B

No ano de 2020, o mundo foi assolado pela Pandemia de Covid-19. Assim, muitas atividades tiveram que ser suspensas, incluindo o futebol. No contexto paraense, o estadual foi pausado em meados de março, retornando apenas em agosto, juntamente com a Série C. Nesse momento, o Remo era treinado por Mazola Júnior, que havia substituído Rafael Jacques após a fatídica eliminação na Copa do Brasil. Mesmo com um início promissor do técnico, a perda do Campeonato Paraense de Futebol de 2020 para o Paysandu e uma sequência negativa no primeiro turno da Série C culminaram com a demissão de Mazola.

Para o seu lugar, o Remo trouxe Paulo Bonamigo, um velho conhecido pela histórica campanha na Copa João Havelange de 2000. A iniciativa deu certo e resultaria no acesso azulino para a Série B após 14 anos. O jogo decisivo se deu apenas no anos seguinte, em 10 de janeiro de 2021, quando o Clube do Remo venceu o Paysandu por 1 a 0, gol de Salatiel, numa espécie de reedição o "Re-Pa do Século" de 20 anos atrás. O Leão ainda chegaria na final contra o Vila Nova (GO), mas, extremamente desfalcado por um surto de COVID-19 no elenco, acabou perdendo o título.

Entretanto, a temporada de 2020 só terminaria de fato em fevereiro de 2021, quando foi disputada a Copa Verde. Apesar da ausência de algumas peças importantes no elenco, o Remo ainda conseguiu chegar à final contra o Brasiliense (DF). Todavia, os azulinos amargariam mais um vice, perdendo nas penalidades em pleno Mangueirão.

Década de 2020

A temporada de 2021 chegou cercada de expectativas por causa do acesso à Série B e, consequentemente, de um maior investimento no time. O Remo surgia como favorito para a conquista do estadual, mas acabou caindo nas semifinais para a Tuna, nos pênaltis, em pleno Baenão. Curiosamente, o Remo acabou a sua campanha sem nenhuma derrota. Na Copa do Brasil, o Mais Querido chegou à terceira fase, algo que não acontecia desde 2003, sendo eliminado apenas para o futuro campeão Atlético (MG). Com a premiação, o clube aproveitou para investir na compra do seu Centro de Treinamento.

Na Série B, apesar do início ruim, o Remo conseguiu se estabilizar e realizar uma campanha de certa forma segura. Porém, na reta final da competição, o time caiu vertiginosamente de produção e sofreu um rebaixamento extremamente improvável, cujas chances de acontecer eram mínimas, caindo na última rodada da competição, em casa, contra o já rebaixado Confiança (SE).

Todavia, houve pouco tempo para lamentações, pois, logo depois à queda, o Remo enfrentaria o Paysandu pelas semifinais da Copa Verde, que, até então, estava sendo realizada em paralelo à Série B. Antes, o Leão já havia eliminado o Galvez (AC) aplicando-lhe 9 a 0 - a maior goleada da história do torneio - em jogo único nas oitavas, e o Manaus (AM) nas quartas. Contra o seu arquirrival, o Remo empatou em 2 a 2 na Curuzu e venceu por 2 a 0 no Baenão, classificando-se para a sua terceira final de Copa Verde.

O adversário da decisão foi o Vila Nova (GO), algoz da última Série C. Apesar do momento melhor do time goiano, o Leão segurou dois empates sem gols, em Goiânia (GO) e no Baenão, respectivamente. O título teve que ser disputado nas penalidades. O goleiro azulino Vinícius defendeu duas cobranças dos colorados, enquanto que os jogadores azulinos acertaram todas as suas, até o zagueiro Fredson, o quarto batedor, marcar o gol da inédita conquista do Clube do Remo, campeão invicto da Copa Verde de 2021, o quinto título regional da história do clube.

Cronologia

Cronologia do Clube do Remo
  • 5 de fevereiro de 1905 – Fundação do Grupo do Remo.
  • 14 de fevereiro de 1908 – Extinção do Grupo do Remo.

  • 15 de agosto de 1911 – Reorganização do Grupo do Remo.
  • 21 de abril de 1913 – Remo 0 x 0 Guarany (1º jogo).
  • 13 de maio de 1913 – Remo 4 x 1 Guarany (1ª vitória).
  • 1913 – Campeão invicto do Campeonato Paraense (1º título).
  • 1914 – Bicampeão invicto do Campeonato Paraense (2º título).

14 de junho – Remo 2 x 1 Paysandu (1º Re-Pa).

7 de agosto – Mudança do nome para Clube do Remo.

  • 1915 – Tricampeão invicto do Campeonato Paraense (3º título).
  • 1916 – Tetracampeão do Campeonato Paraense (4º título).
  • 1917 – Pentacampeão invicto do Campeonato Paraense (5º título).

15 de agosto – Inauguração do estádio Evandro Almeida.

  • 1918 – Hexacampeão invicto do Campeonato Paraense (6º título).
  • 1919 – Heptacampeão 100% do Campeonato Paraense (7º título).

  • 1921 – Surge a expressão “O Clube de Periçá”.
  • 1924 – Campeão invicto do Campeonato Paraense (8º título).
  • 1925 – Bicampeão do Campeonato Paraense (9º título).
  • 1926 – Triampeão do Campeonato Paraense (10º título).
  • 1930 – Campeão do Campeonato Paraense (11º título).

  • 1931 – Surge a expressão “O Filho da Glória e do Triunfo”.

15 de novembro – Remo 0 x 0 Tuna (1º Re-Tu)

  • 1932 – Campeão do Campeonato da LEP (1º título).
  • 1933 – Campeão invicto do Campeonato Paraense (12º título).
  • 1936 – Campeão invicto do Campeonato Paraense (13º título).
  • 1940 – Campeão do Campeonato Paraense (14º título).

  • 1941 – É criado o hino oficial do Remo.
  • 1944 – O leão é adotado como mascote oficial do Remo.
  • 1945 – O Remo torna-se o pioneiro na implantação do profissionalismo no futebol paraense.

Remo 21 x 0 Combinado francês (maior goleada da história do clube).

  • 1947 – O Remo é eleito “O Mais Querido”.
  • 1949 – Supercampeão do Campeonato Paraense (15º título).
  • 1950 – Campeão do Torneio Internacional de Caracas (1º título).

Bicampeão do Campeonato Paraense (16º título).


  • 1952 – Campeão invicto do Campeonato Paraense (17º título).
  • 1953 – Bicampeão do Campeonato Paraense (18º título).
  • 1954 – Tricampeão do Campeonato Paraense (19º título).

Campeão do Torneio Quadrangular de Belém (1º título).

  • 1955 – Cinquentenário do Clube do Remo.
  • 1960 – Campeão do Campeonato Paraense (20º título).

  • 1961 – 8º colocado na Taça Brasil (melhor campanha de um clube paraense).
  • 1964 – Campeão do Campeonato Paraense (21º título).
  • 1967 – Campeão do Torneio Quadrangular de Salvador (1º título).
  • 1968 – Campeão invicto do Campeonato Paraense (22º título).

Campeão do Torneio do Norte (1º título).

  • 1969 – Bicampeão do Torneio do Norte (2º título).

  • 1971 – Campeão da Taça Norte (1º título).

Campeão da Taça Norte–Nordeste (1º título).

Vice-campeão do Campeonato Nacional de Clubes da 1ª Divisão (Série B) .

Campeão do Torneio Pará-Goiás (1º título).

  • 1973 – Campeão invicto do Campeonato Paraense (23º título).
  • 1974 – Bi e Supercampeão invicto do Campeonato Paraense (24º título).
  • 1975 – Tricampeão invicto do Campeonato Paraense (25º título).

Campeão do Torneio Internacional de Belém (1º título).

25 de outubro – Flamengo 1 x 2 Remo (primeira vitória de um clube paraense no Maracanã).

  • 7 de setembro de 1976 – Maior público da história do Baenão (33.487 torcedores).
  • 1977 – Campeão do Campeonato Paraense (26º título).

Campeão do Torneio Pará-Maranhão (1º título).

  • 1978 – Bicampeão invicto do Campeonato Paraense (27º título).
  • 1979 – Tricampeão do Campeonato Paraense (28º título).

  • 1980 – 18º colocado no Campeonato Brasileiro .
  • 1981 – Campeão do Torneio Internacional de Belém (2º título).
  • 1984 – Vice-campeão da Taça CBF (Série B) .

Campeão do Torneio Internacional de Paramaribo (1º título).

  • 1986 – Campeão do Campeonato Paraense (29º título).

42º colocado no Campeonato Brasileiro .

  • 1989 – Campeão invicto do Campeonato Paraense (30º título).
  • 1990 – Bicampeão do Campeonato Paraense (31º título).

  • 1991 – Tricampeão invicto do Campeonato Paraense (32º título).

Semifinalista da Copa do Brasil (melhor campanha de um clube do Norte).

  • 1992 – 5º colocado na Primeira Divisão (Série B) .
  • 1993 – Campeão invicto do Campeonato Paraense (33º título).

7º colocado no Campeonato Brasileiro (melhor colocação de um clube do Norte).

  • 1994 – Bicampeão do Campeonato Paraense (34º título).

Campeão do Torneio Pará-Ceará (1º título).

Vice-campeão invicto do Torneio Internacional de Toulon.

23º colocado no Campeonato Brasileiro .

  • 1995 – Tricampeão invicto do Campeonato Paraense (35º título).
  • 1996 – Tetracampeão do Campeonato Paraense (36º título).
  • 1997 – Pentacampeão do Campeonato Paraense (37º título).

Vice-campeão da Copa Norte.

Tabu de 33 jogos de invencibilidade no clássico Re-Pa.

  • 1999 – Campeão do Campeonato Paraense (38º título).

Campeão do Torneio Internacional de Paramaribo (2º título).

  • 2000 – 3º colocado na Copa João Havelange - Módulo Amarelo .

16º colocado na Copa João Havelange - Módulo Azul .


  • 2003 – Campeão do Campeonato Paraense (39º título).
  • 2004 – Bicampeão 100% do Campeonato Paraense (40º título).

20º colocado no Campeonato Brasileiro Série B .

  • 2005 – Centenário do Clube do Remo.

Campeão do Campeonato Brasileiro Série C (1º título) .

Recordista de público do Campeonato Brasileiro.

  • 2007 – Campeão do Campeonato Paraense (41º título).

19º colocado no Campeonato Brasileiro Série B .

  • 2008 – Bicampeão do Campeonato Paraense (42º título).

28º colocado no Campeonato Brasileiro Série C .


  • 2013 – A camisa do Remo é eleita uma das mais belas do mundo segundo o site Goal.
  • 2014 – Campeão do Campeonato Paraense (43º título).
  • 2015 – Bicampeão do Campeonato Paraense (44º título).

Vice-campeão da Copa Verde.

3º colocado no Campeonato Brasileiro Série D .

  • 2018 – Campeão do Campeonato Paraense (45º título).
  • 2019 – Bicampeão do Campeonato Paraense (46º título).
  • 2020 – Vice-campeão do Campeonato Paraense, Vice-campeão do Campeonato Brasileiro Série C e Vice-campeão da Copa Verde.
  • 2021 – 17º colocado no Campeonato Brasileiro Série B .

Campeão da Copa Verde (1º título).

  • 2022 – Campeão do Campeonato Paraense (47º título).


O Clube do Remo é uma agremiação esportiva brasileira, sediada na cidade de Belém, no estado do Pará. Foi fundado em 5 de fevereiro de 1905 e é conhecido popularmente como "Leão Azul".

O Clube do Remo é um dos clubes mais tradicionais do futebol brasileiro e um dos mais vitoriosos do Norte do país. É o maior vencedor do Campeonato Paraense, com 49 títulos, e também conquistou a Copa dos Campeões da Região Norte em duas oportunidades.

O clube tem como sede social o Estádio Evandro Almeida, mais conhecido como Baenão, que tem capacidade para 16.000 torcedores. O Clube do Remo também manda seus jogos no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, que tem capacidade para 45.000 torcedores.

O principal rival do Clube do Remo é o Paysandu Sport Club, com quem disputa o clássico Re-Pa, considerado um dos maiores clássicos do futebol brasileiro.

O Clube do Remo é um clube de grande torcida e tem uma das maiores médias de público do futebol brasileiro. O time é conhecido por seu estilo de jogo ofensivo e por sua garra e determinação.

O Clube do Remo é um orgulho para o povo paraense e é um dos principais representantes do futebol brasileiro.